A sensação de levar um pequeno choque ao tocar em alguém ou em uma maçaneta metálica é comum e, apesar de inofensiva, sempre gera surpresa. A explicação científica para esse fenômeno está na eletricidade estática, um processo natural que ocorre constantemente ao nosso redor.

Essa eletricidade é resultado do acúmulo de cargas elétricas em um corpo, o que acontece quando há um desequilíbrio entre os prótons (cargas positivas) e os elétrons (cargas negativas) nos átomos da matéria.

Movimentos simples, como caminhar de meias em um tapete ou vestir uma blusa de lã, podem fazer com que dois materiais diferentes entrem em contato e transfiram elétrons de um para o outro. Quando isso ocorre, um dos materiais fica carregado positivamente e o outro, negativamente.

Essas cargas acumuladas não são dissipadas de forma imediata, principalmente em locais com ar seco. O corpo humano é um ótimo condutor de eletricidade, então, ele “guarda” essa energia até encontrar um lugar para descarregar. Quando a pessoa toca em um objeto condutor ou em alguém com carga diferente, os elétrons se redistribuem de forma súbita, o que provoca uma pequena corrente elétrica e a sensação de choque. Mesmo que essa corrente seja mínima e não represente nenhum risco, ela é capaz de ativar os receptores sensoriais e causar a sensação desagradável, podendo até criar faíscas ou sons de estalo.

Sentir choque em superfícies ou ao tocar em alguém é mais frequente em locais com baixa umidade, pois o ar seco dificulta a dispersão das cargas. Para evitar esses pequenos choques, é possível aumentar a umidade do ambiente, usar roupas de algodão, hidratar a pele e evitar sapatos com sola totalmente isolante.