Em Bagdá, livros são deixados nas ruas sem vigilância por uma razão inspiradora

Na Rua Al-Mutanabbi, comerciantes mantêm livros expostos dia e noite, confiando na máxima: “quem lê, não rouba”

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Foto: Reprodução/WEB

Em uma das áreas mais tradicionais de Bagdá, capital do Iraque, uma cena simbólica revela o profundo respeito da população local pela leitura: pilhas de livros permanecem do lado de fora das lojas, muitas vezes até durante a noite, sem qualquer vigilância. A prática, comum na Rua Al-Mutanabbi, baseia-se na crença de que “quem lê, não rouba”.

Para os comerciantes e moradores, o livro não é apenas um objeto de valor, mas uma fonte sagrada de sabedoria. Levar um exemplar sem pagar seria, para muitos, comparável a um ato de desrespeito quase religioso. A leitura, acreditam, forma o caráter, promove empatia e afasta as pessoas do crime.

Mesmo com décadas de instabilidade política, guerras e crises econômicas, o hábito resiste como um símbolo de esperança e resistência cultural. Os livros deixados ao relento não representam descuido, mas sim uma demonstração de fé no poder transformador da educação.

A Rua Al-Mutanabbi é conhecida como o coração cultural de Bagdá, reunindo livrarias, sebos e cafés que atraem leitores, intelectuais e escritores. Ali, o livro permanece como um farol de conhecimento, capaz de iluminar mesmo os tempos mais sombrios.

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