Em Londrina, aprovado projeto que garante lanche de casa para crianças com TEA ou restrições alimentares

Para ter acesso ao benefício, os responsáveis deverão apresentar laudo médico ou relatório de profissional de saúde que ateste a necessidade da dieta diferenciada. O texto proíbe que instituições de ensino impeçam a prática

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Na justificativa, o vereador Marinho argumenta que muitas crianças têm necessidades alimentares específicas que não são atendidas pelas refeições escolares, o que pode gerar riscos à saúde e dificuldades de adaptação. Foto: Fernando Cremonez/Divulgação CML

A Câmara Municipal de Londrina aprovou em primeiro turno, durante a sessão de quinta-feira (11), o projeto de lei nº 53/2025, de autoria do vereador Marinho (PL). A proposta garante aos estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), restrição ou seletividade alimentar o direito de levar lanche de casa para consumo nas escolas públicas e privadas. Para ter acesso ao benefício, os responsáveis deverão apresentar laudo médico ou relatório de profissional de saúde que ateste a necessidade da dieta diferenciada. O texto proíbe que instituições de ensino impeçam a prática, desde que sejam observadas condições adequadas de armazenamento e higiene.

Na justificativa, o vereador Marinho argumenta que muitas crianças têm necessidades alimentares específicas que não são atendidas pelas refeições escolares, o que pode gerar riscos à saúde e dificuldades de adaptação. Ele ressalta que a seletividade alimentar é comum em pessoas com TEA e que a possibilidade de levar lanche adequado contribui para o bem-estar, a inclusão e o desenvolvimento acadêmico e emocional desses estudantes. “Em algumas situações, alguns pais não conseguem levar o próprio lanche para que o filho possa se alimentar e, muitas vezes, essas mães relatam que as crianças passam fome. […] Esse projeto vem para amenizar essa situação, autorizando que essas famílias possam levar o lanche para a escola”, disse.

A líder do Governo na Câmara, vereadora Prof.ª Flávia Cabral (PP), afirmou ter discutido o projeto de lei com representantes da Prefeitura e garantiu que a Secretaria Municipal de Educação (SME) tem plena capacidade de atender o que está disposto na proposta. Em documento enviado ao Legislativo, a Gerência de Alimentação Escolar da SME, informou que já atende alunos com necessidades especiais, incluindo seletividade alimentar e TEA, com cardápios adaptados baseados em resoluções do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

A matéria foi aprovada com a emenda nº 1, apresentada pela Comissão de Justiça, que estabelece que os responsáveis assumam integralmente o risco quanto ao fornecimento do alimento levado de casa. Agora, abre-se prazo regimental de sete dias úteis para apresentações de novas emendas ao projeto de lei antes do segundo turno de votação. Com informações da Câmara Municipal de Londrina.

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Redação Paiquerê FM News

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