O Instituto de Educação Infantil e Juvenil (IEIJ) irá realizar nesta sexta-feira (07), a partir das 19h, no salão da instituição, localizado na rua Bélgica, 926, a COP IEIJ 2025. O encontro terá como tema central “Quem se importa? – O mapeamento das famílias na Bacia Hidrográfica de Londrina”, propondo reflexões sobre responsabilidade compartilhada e o poder da ação local, por meio de uma mesa-redonda com convidados ligados à educação, meio ambiente e planejamento urbano. A atividade é gratuita e aberta a toda comunidade.

A iniciativa é resultado do Projeto Interdisciplinar de Aprendizagem (PIA 2025), intitulado “Mini-COP 30 – Quem se importa? Nossas ações locais, impacto global”. Inspirada na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a proposta leva ao ambiente escolar o mesmo espírito de escuta, diálogo e compromisso com o meio ambiente e com a comunidade. Além disso, a COP IEIJ 2025 busca formar cidadãos conscientes e propositivos, alinhando-se à Agenda 2030 da ONU e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

De acordo com a diretora da instituição, Aithana Luz da Silva Rabelo, a transformação começa dentro da sala de aula. “A governança ambiental começa na escola, quando as crianças aprendem a ouvir, debater e decidir coletivamente. É assim que se forma uma geração preparada para cuidar do território e influenciar as decisões sobre o meio ambiente”, afirmou.

A mesa-redonda reunirá nomes de diferentes áreas comprometidas com o desenvolvimento sustentável e o futuro da cidade: a professora do Departamento de Educação da UEL, Marta Furlan; o professor e pesquisador do Departamento Ambiental da UTFPR e membro do Conselho Municipal do Ambiente (Consemma), Rodrigo Torres; a jornalista da Folha de Londrina, Patrícia Maria Alves; os arquitetos e urbanistas do Instituto de Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Rachel Zekveld Daher e Robson Naoto Shimizu; o representante da Associação de Moradores do Vale dos Tucanos, Rubens Ventura e a coordenadora do curso técnico em Meio Ambiente do Colégio Estadual Albino Feijó Sanches, Lilian Buss, acompanhada de estudantes.

Para o professor e membro do Consemma, Rodrigo Torres, o evento é uma oportunidade de repensar comportamentos e fortalecer a consciência coletiva. “Tenho esperança de que um debate dessa natureza seja tratado com tanta atenção e frequência quanto outros que ocupam nosso tempo, como nas redes sociais. Dessa forma, poderá refletir, a curto e médio prazos, em uma mentalidade mais preocupada com a ideia de que o direito à sobrevivência e à resiliência ambiental coletiva é sempre muito mais valioso do que interesses individuais diante de uma questão global como a ambiental”, disse.

Já o arquiteto e urbanista do Ippul, Robson Naoto Shimizu, destacou o papel desses espaços de debate para o planejamento urbano participativo. “É parte essencial do processo de planejamento urbano criar instâncias de escuta e fala sobre as questões ambientais. Já faz parte da nossa prática oportunizar a contribuição da população em geral, e quando há a chance de um debate ainda mais profundo, não podemos deixar passar”, avaliou.

Ele também ressaltou a importância de levar essas discussões ao público infantil. “São as crianças que poderão construir a cidade do futuro. A natureza e seus encantos não podem ficar apenas nas memórias. Estimular a curiosidade e o senso de cuidado desde cedo pode gerar resultados efetivos”, completou. Durante o evento, haverá ainda uma homenagem a João das Águas, ambientalista e educador londrinense que se destacou na defesa dos rios urbanos. Familiares do homenageado estarão presentes para representar seu legado e contribuição à cidade. Com informações do N.Com.