Em Londrina, Instituto Para Sempre Luna realiza programação na Semana de Conscientização às Famílias Enlutadas

Entre as atividades, lives no Instagram (@parasemprelunainstituto) reunirão profissionais e pessoas que passaram por perdas gestacionais, neonatais e natimortos

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No dia 15 de outubro, dia Mundial da Conscientização da Perda Gestacional e Perinatal, será realizada mais uma edição do evento Onda de Luz. Foto: Reprodução/Pixabay

Diversas atividades serão realizadas de 7 a 11 de outubro, dentro da programação da Semana de Conscientização e Apoio às Famílias Enlutadas, pela primeira vez como lei municipal “Brilho de Luna”, aprovada em maio de 2024 pela Câmara Municipal de Londrina. Entre as atividades, lives no Instagram (@parasemprelunainstituto) reunirão profissionais e pessoas que passaram por perdas gestacionais, neonatais e natimortos. No dia 15 de outubro, dia Mundial da Conscientização da Perda Gestacional e Perinatal, será realizada mais uma edição do evento Onda de Luz.

“É preciso falar cada vez mais sobre esse assunto, sobre nossos lutos que poderiam ser os de qualquer pessoa. Isso ajuda as famílias a enfrentarem essas dificuldades e desafios, sabendo que outras pessoas já passaram por isso e que têm apoio para enfrentar a situação”, ressalta Iza Simão, fundadora do Instituto Para Sempre Luna. Esposa de Rafael Simão, Iza é mãe de Théo e perdeu outros dois filhos: Lucas, natimorto com 27 semanas de gestação (7 meses), devido a um trombo no cordão umbilical, em 2016; e Luna, uma bebê prematura de 35 semanas, que nasceu bem, mas, faleceu com 20 dias devido a uma infecção, em 2022.

A partir do luto, Iza fundou o Instituto Para Sempre Luna, uma associação sem fins lucrativos que tem por objetivo realizar ações de assistência social, de saúde, educação e defesa dos direitos relacionados ao luto parental, em especial, ao luto gestacional, perinatal ou neonatal. O objetivo é atender pessoas que passam por perdas gestacionais, perinatais e neonatais, pessoas empáticas à causa e profissionais de saúde que lidam com o processo do luto, atuando também na contribuição da formação, realizando palestras, rodas de luto, entre outros projetos. As lives são uma realização do Instituto Para Sempre Luna, sempre mediadas por Iza Simão.

Veja a programação:

07/10, 19h30: “Não é normal: bebês com síndromes graves e UTI Neo”

-Angélica Silva Saraiva Teixeira, pediatra e neonatologista, pós-graduada em Cuidados Paliativos, membro da equipe assistente da Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do serviço de Medicina Fetal da UFMG e coordenadora do Centro Estadual de Referência do Método Canguru de Minas Gerais.
-Willian Teixeira, pai da Lulu e da Marininha, prematuras extremas, que faleceram com poucos dias de vida. Recém pai do Otávio, que completou 1 mês.
-Ana Paula Santos Ferracin, mãe dos bebês de vida breve Gabriela, uma perda ainda no primeiro trimestre de gestação, e Otávio, bebê com condição rara no coração, diagnosticado ainda na gestação, que nasceu e viveu alguns dias na UTI Neo.

08/10, 9h30: “Não é normal: vivendo após a perda”

-Cibele Andrucioli de Mattos Pimenta, professora titular aposentada da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Coordena o grupo de pesquisa-CNPq “Dor, controle de sintomas e cuidados paliativos”.
-Carolina Dias, mãe dos gêmeos Davi e João. João partiu cedo, deixando muita saudade.
-⁠Aghata Tombolato, mãe da Melina, que nasceu “dormindo” aos 9 meses de gestação. Já havia tido duas perdas anteriores, bem no comecinho das gestações.

09/10, 09h0: “Não é normal: lactação na perda”

-Natália Mundim Torres, bióloga e professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mãe dos gêmeos Beatriz e Fernando, de 9 anos, do recém-chegado Gabriel, e da Elis, que teve uma breve passagem por este plano em janeiro de 2020. Depois da morte da Elis, lutou para conseguir doar o seu leite e virou ativista por essa causa e pela humanização do luto perinatal. Co-fundadora da Casa-Manacá, apoio às perdas gestacional, neonatal e infantil.
-Tâmara Costa, mãe do João Guilherme, que viveu 24 dias. Foi doadora de leite para o Banco de Leite de Londrina por 7 meses, desde o nascimento do filho.

10/10, 10h: “Não é normal: violência obstétrica”

-Gislaine Pires Rocha, advogada em defesa da saúde da mulher, atuante contra a violência obstétrica e neonatal.

11/10, 14h: “Isso deveria ser o normal”

-Carol Ribeiro, mora no Reino Unido, é mãe da Julia, bebê que tinha uma síndrome grave, diagnosticada ainda no ventre. Julia nasceu dormindo e sua mãe teve todo o apoio e acolhimento. Desde então, atua na comunidade brasileira mostrando as boas práticas vivenciadas no Reino Unido para melhorar o suporte no Brasil. É coordenadora de mídias sociais do Instituto Para Sempre Luna.
-Ana Butcher, mãe da Sofia, que morreu às 27 semanas de gestação. O apoio que recebeu no Reino Unido foi bom e importante para o seu luto. Por isso, decidiu criar o projecto Sofia’s Wish, com missão de ajudar os hospitais em Portugal. A Sofia’s Wish partilha histórias de perda e homenageia os bebês através no seu mural.

Onda de Luz
Mundial, o movimento Onde de Luz relembra os bebês de vida breve. A ação acontece todo dia 15 de outubro, dia Mundial da Conscientização da Perda Gestacional e Perinatal, às 19h, horário local, com familiares, amigos e simpatizantes da causa. Os participantes acendem velas em memória dos bebês, formando uma onda de luz. Em Londrina, o Instituto Para Sempre Luna realizará um encontro presencial com as famílias, onde haverá homenagens, música e acolhimento. O evento já está com inscrições encerradas. No ano passado, a primeira Onda de Luz em Londrina foi realizada na Praça Nishinomiya.

Lei “Brilho de Luna”
O trabalho de Iza se transformou na lei “Brilho de Luna”, em abril de 2024, criando o Programa de Apoio às Famílias Enlutadas, que estabelece procedimentos a serem adotados nos casos de perda gestacional, natimorto e perda neonatal nos serviços públicos e privados de saúde, contratados ou conveniados, que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). O programa também busca conscientizar e orientar os profissionais de saúde e a sociedade sobre a importância e a sensibilidade do assunto, além de instituir a Semana de Conscientização e Apoio às Famílias Enlutadas. É justamente para essa conscientização que a palestra preciso de apoio, de um lugar para ser realizada. Com informações da assessoria de imprensa.

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Redação Paiquerê FM News

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