A ação é realizada em parceria com o Grupo de Estudos Sobre Envelhecimento (Gesen), da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Também conta com o apoio da Secretaria Municipal do Idoso (SMI), do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) e da AML Cultural, e tem patrocínio institucional da Itaipu Binacional.
Ministrada pelo médico geriatra e professor titular da cadeira de geriatria do curso de medicina da UEL, Marcos Cabrera, a palestra será gratuita e presencial, no espaço da AML Cultural, localizado na rua Maestro Egídio do Amaral, 130, em frente à Concha Acústica. Durante a ação, Cabrera irá esclarecer dúvidas e desfazer equívocos comuns presentes na atualidade.
Entre eles, segundo o médico, estão soluções infundadas como, por exemplo, a venda de livros com receitas milagrosas e o uso de remédios fitoterápicos como ginkgo biloba e cúrcuma, que têm propriedades neuroprotetoras, mas não são eficazes para curar o Alzheimer. “É uma doença que interfere no indivíduo e em suas famílias de forma afetiva, financeira e psíquica, então é muito importante pontuar o que é o tratamento. Nos dias de hoje, as informações estão muito democratizadas, contudo, nós não temos um filtro das informações”, contou o médico.
Cabrera ainda conta que a medicina atual consegue modificar o declínio cognitivo, adaptar os principais sintomas e melhorar a qualidade de vida, mas não reverter a história natural da doença. O médico aponta que o diagnóstico precoce da doença busca ofertar para os indivíduos uma qualidade de vida melhor, dignidade e um melhor acolhimento para as famílias.
Para a vice-presidente do Instituto e presidente da Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), Elaine Mateus, a palestra é essencial para debater a desinformação e o estigma que cerca a doença. A atividade abordará, também, o engajamento público, que se mostra fundamental para enfrentar os desafios associados à demência, bem como para construir uma sociedade mais inclusiva e compassiva. “A falta de investimento em campanhas de conscientização cria uma enorme lacuna que os interesses comerciais acabam preenchendo, confundindo a comunidade e prejudicando o diagnóstico e tratamento adequados.
Eventos como esse oferecem uma plataforma para esclarecer equívocos, promover a compreensão e fornecer apoio às pessoas que vivem com Alzheimer”, ressaltou.
Com informações do N.Com.