Uma procissão pelas ruas da Vila Nova marca a solenidade de Corpus Christi no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Londrina, na quinta-feira (19). Este é o único momento do ano em que o Santíssimo Sacramento sai da igreja e passeia pelas ruas, justamente como uma maneira de reafirmar a fé católica no Corpo de Cristo. Antes da procissão, porém, a comunidade confecciona tapetes para a procissão. A confecção dos tapetes tem início às 8 horas e a procissão será após a missa das 16 horas.

“Nós realizamos muitas procissões ao longo do ano, mas com o Santíssimo Sacramento é a única. A festividade de Corpus Christi tem essa característica e, por isso, é que os tapetes são confeccionados, pois quem passará por eles será o próprio Jesus”, afirma o padre Rodolfo Trisltz, pároco e reitor do Santuário. O trajeto da procissão parte da praça em frente ao Santuário, sobe a rua Grajaú, vira na rua Pirapó, desce a Capiberibe, e vira na rua Taquari, retornando, assim, ao Santuário. Todos estão convidados a participarem da montagem dos tapetes e da programação litúrgica. As atividades são abertas ao público.

A montagem dos tapetes começa com um café da manhã comunitário, às 8h, também preparado por voluntários das pastorais do Santuário. Depois, a comunidade utilizará pó de serra colorido, além de outros materiais, como pó de café e sal grosso tingido de diversas cores, a fim de confeccionar os desenhos por onde passará a procissão. Às 16h será celebrada a missa, realizada na praça em frente ao Santuário por conta da grande participação do público. Se, porventura, chover, a missa é transferida para o interior da igreja.

Corpus Christi – A celebração do Corpo de Cristo se fundamenta na passagem bíblica em que o evangelista Mateus narra o momento em que Cristo partilhou o pão e o vinho com os apóstolos, na chamada Última Ceia. Já a festividade de confeccionar tapetes, que remetem à entrada de Jesus em Jerusalém, além da procissão, tiveram início na Idade Média, a partir de quando uma freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon (1193-1258) tive visões que pediam para a Igreja celebrar a Eucaristia. Ela contou as visões ao padre Thiago Pantaleão, que se tornou o papa Urbano VI, que mais tarde instituiu as procissões após um milagre eucarístico em Bolsena, na Itália. Com informações da assessoria de imprensa.