Todos os quatro terrenos apresentados por Londrina ao Ministério das Cidades, sendo três da Cohab e um da Prefeitura, receberam nota máxima dentro do novo sistema de pontuação do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). “Isto significa que os moradores destes empreendimentos vão ter não só a qualidade do imóvel, mas também toda a infraestrutura de recursos básicos como educação, saúde e transporte perto de onde vão morar”, resume o presidente da Cohab Londrina, Edimilson Salles.
Ele explica que, antes das mudanças nos critérios de pontuação, qualquer terreno apresentado podia ser utilizado para o programa. A falta de uma seleção mais rígida fez com que, em todo o país, os empreendimentos da iniciativa voltados para as faixas de renda menores acabassem sendo construídos em periferias, onde os terrenos eram mais baratos. As escolhas criaram vazios urbanos, reduziram a qualidade de vida dos beneficiados e acabaram por causar um custo elevado para os municípios, que tiveram que levar até os novos bairros uma infraestrutura completa.
Localizados nas regiões norte e oeste, os quatro terrenos vão receber 860 unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida. Todos eles foram criteriosamente escolhidos de forma a integrar bairros que já têm toda uma infraestrutura de serviços. “Usar os vazios urbanos para criar novas habitações é uma visão inteligente. Além de proporcionar mais conforto para os moradores, possibilita uma integração mais fácil com a comunidade vizinha”, ressalta Salles.
O presidente da Cohab frisa ainda que, entre os critérios estabelecidos pela Portaria do Ministério das Cidades nº 725, de 2023, consta que as novas edificações podem ter no máximo 200 moradias. O tamanho permite que os novos condomínios não interfiram de forma negativa na disponibilidade dos serviços. E, caso seja necessário que a Prefeitura amplie a oferta para adequar os serviços ao aumento da demanda, o investimento será moderado. O resultado é uma cidade mais organizada e com uma qualidade de vida melhor para todos.
Para que recebam nota 10, os terrenos escolhidos para o Programa Minha Casa, Minha Vida devem ter acesso a, pelo menos, dois equipamentos públicos de educação; existência prévia de acesso a equipamento público comunitário de saúde (UBS) ou assistência social; e existência prévia de acesso, a pelo menos, dois estabelecimentos de comércio e serviços. Além disso, devem contar com ponto de embarque e desembarque de passageiros, para atendimento ao transporte público coletivo a uma distância “à pé” máxima de 1 km do empreendimento, computada a partir da poligonal do terreno.
Os terrenos classificados darão lugar aos seguintes empreendimentos: Residencial Girassol, com 152 unidades habitacionais, na região norte, próximo ao Jardim São Jorge; Residencial Tulipas, com 128 unidades habitacionais, região norte, no Conjunto Habitacional Ruy Virmond Carnascialli; Residencial Lírio dos Vales, com 200 unidades habitacionais, na região oeste, próximo ao Jardim Maria Lúcia; e Residencial Hortências, com 200 unidades habitacionais, região norte, próximo ao bairro São Jorge. Todos esses projetos estão aprovados na Prefeitura de Londrina, com alvará para construção.
Além das 680 unidades habitacionais que serão construídas nesses terrenos, a Cohab-Ld está credenciada como entidade organizadora e tem propostas aprovadas para construção de moradias na área rural, no Assentamento Eli Vive. Outras duas organizações estão credenciadas para a modalidade “Entidades” do PMCMV, e estão apresentando projetos para análise e aprovação da Caixa. Ao todo, por meio do PMCMV Entidades, foram aprovadas propostas para 351 unidades habitacionais para o município de Londrina. Somadas, serão construídas 1.031 novas unidades habitacionais na cidade. Com informações do N.Com.