Empregos com carteira assinada batem recorde e desemprego cai no final de 2024
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de empregos com carteira assinada no setor privado atingiu um recorde de 39,2 milhões no último trimestre de 2024, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. Esse número representa um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023, adicionando 1,3 milhão de novos trabalhadores formais ao mercado.

A pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy destacou que desde 2022 há um crescimento contínuo no número de empregos formais, superando as perdas causadas pela pandemia em 2020. “Mesmo após a recuperação, o mercado de trabalho segue em expansão”, afirmou.

O emprego sem carteira assinada também registrou alta de 5%, totalizando 14,2 milhões de trabalhadores, próximo ao recorde do terceiro trimestre de 2024. O setor público, por sua vez, cresceu 4,5%, atingindo 12,8 milhões de funcionários. Já os trabalhadores por conta própria (26 milhões) e os empregados domésticos (5,9 milhões) mantiveram-se estáveis em relação ao final de 2023. A taxa de informalidade, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e autônomos sem CNPJ, ficou em 38,6%, uma leve queda em comparação aos 39,1% registrados no mesmo período de 2023.

População ocupada cresce e desemprego atinge menor nível

O total de pessoas ocupadas no Brasil chegou a 103 milhões, um aumento de 2,8% em um ano. Durante a pandemia, esse número caiu para 83 milhões, mostrando uma recuperação de quase 20 milhões de trabalhadores nos últimos quatro anos. Setores como a indústria (3,2%), construção civil (5,6%) e comércio (2,8%) foram os que mais ampliaram vagas. Também tiveram crescimento os segmentos de transporte e armazenagem (5,2%), alojamento e alimentação (4,2%) e administração pública e saúde (3,8%).

Com esse avanço, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no último trimestre de 2024, abaixo dos 7,4% registrados no mesmo período de 2023. Além disso, a população subutilizada — que inclui desempregados e aqueles que trabalham menos do que gostariam — ficou em 17,8 milhões, o menor número desde 2015. Já os chamados desalentados, que são pessoas que desistiram de procurar trabalho, somaram 3 milhões, uma queda de 12,3% em relação ao final de 2023. Com informações Agência Brasil