Engenheira ambiental é presa no Paraná por fraudar mais de 230 licenciamentos ambientais
Ela utilizava laudos falsos e documentos de pessoas já falecidas para justificar supostas obras de paisagismo, quando, na prática, promovia desmatamento em áreas de preservação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu preventivamente, nesta quarta-feira (1º), uma engenheira ambiental de 40 anos suspeita de comandar um esquema de fraudes em licenciamentos ambientais no estado. A operação foi deflagrada após auditorias internas e denúncias encaminhadas pelo Instituto Água e Terra (IAT). Segundo as investigações, a profissional inseria informações falsas no sistema informatizado do órgão para viabilizar dispensas irregulares. Ela utilizava laudos falsos e documentos de pessoas já falecidas para justificar supostas obras de paisagismo, quando, na prática, promovia desmatamento em áreas de preservação.
No total, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. A ação contou com o apoio da Polícia Científica do Paraná. De acordo com o delegado Guilherme Dias, os licenciamentos irregulares permitiram a construção de condomínios em áreas protegidas, o descarte ilegal de resíduos e o desmatamento de mais de 300 mil metros quadrados de Mata Atlântica. Empreendimentos também foram identificados em reservas hídricas, colocando em risco nascentes e o abastecimento de água da região de Curitiba.
A PCPR apurou que a engenheira, que atuava em um escritório privado, lucrou cerca de R$ 2 milhões com as fraudes ao longo de cinco anos. Ela responderá civil e criminalmente por crimes ambientais, assim como os proprietários das áreas envolvidas, que deverão reparar os danos causados. A investigada foi encaminhada ao sistema penitenciário e permanece à disposição da Justiça. Com informações AEN