Aguinaldo Silva aposta em personagem de Grazi Massafera para ‘virar meme’ em ‘Três Graças’

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Após seis anos longe do horário nobre da TV Globo, Aguinaldo Silva retorna com Três Graças, novela das 9 que mistura drama, tragédia, romance, mistério e humor. Em coletiva online realizada nesta quarta-feira, 24, parte do elenco, o autor, os coautores Virgílio Silva e Zé Dassilva e o diretor artístico Luiz Henrique Rios anteciparam detalhes da produção.

“Busco homenagear essas mulheres que a gente cruza na rua, que saem muito cedo para trabalhar, figuras anônimas, mas que são criaturas profundamente humanas, batalhadoras. Queria fazer um retrato dessa mulher urbana”, explicou Aguinaldo.

Humor e memes na internet

Sobre a possibilidade de personagens e cenas viralizarem nas redes sociais, Aguinaldo disse que não pensa no assunto, mas aposta que os textos da personagem de Grazi Massafera podem render comentários na web.

“A gente não pensa nisso, mas, ao mesmo tempo, a própria linguagem atual da novela e da internet nos leva a isso. Tenho certeza que muitas falas, expressões e muitas cenas da Arminda, interpretada pela Grazi Massafera, vão acabar como memes. Não é intencional, mas é um pouco, porque a gente vai se apossando dessa linguagem nova”, comentou Aguinaldo.

Virgílio Silva acrescentou: “Acho que é um tiro no escuro. A internet tem um estilo próprio de descobrir memes. Às vezes você acha que algo vai virar meme e passa batido, e algo que você nem pensou, de repente, se torna viral. Se você ficar pensando muito em criar um meme, talvez desvie do foco da história.”

Arminda é viúva de Rogério, ex-sócio do empresário por trás da Fundação Ferette, desaparecido em circunstâncias misteriosas.

A personagem e seu amante, Santiago Ferette (Murilo Benício), escondem grandes quantias de dinheiro dentro de uma obra de arte neoclássica adquirida pelo marido: As Três Graças. A escultura está guardada em um quarto secreto do casarão onde Arminda vive com a mãe, Josefa (Arlete Salles), e o filho, Raul (Paulo Mendes), em um bairro nobre da região central de São Paulo.

A dupla acumula cada vez mais riqueza por meio de um esquema criminoso comandado pelo empresário, mantendo o segredo sobre suas atividades ilícitas e fortalecendo a imagem de Arminda como uma vilã calculista e estratégica.

As Três Graças

A trama acompanha três gerações de mulheres da família Maria das Graças: Gerluce (Sophie Charlotte), Lígia (Dira Paes) e Joélly (Alana Cabral), que vivem na fictícia comunidade da Chacrinha, em São Paulo. Todas enfrentaram gravidez na adolescência e lidam com desafios similares.

Gerluce se tornou uma mulher forte e determinada. Ela criou Joélly com a ajuda de Lígia, enquanto o pai da filha permanece preso. Ao longo da história, Gerluce tenta impedir que a filha repita o mesmo destino, mas logo no início da trama a jovem de 15 anos confirma a gravidez.

“Fiquei fascinada e mergulhada me perguntando como eu ia dar conta de estar no lugar dessa mulher, que é atropelada todos os dias pelos acontecimentos, e, ao mesmo tempo, manter essa força vital da alegria, que é a característica do brasileiro”, declarou Sophie.

Dira Paes comentou sobre dar vida a Lígia, mulher resiliente que cria a filha sem apoio do pai, Joaquim (Marcos Palmeira): “Vejo a Lígia como uma mulher muito corajosa, como amparo dessa família. Só é possível viver em ambiente de tantas faltas com suporte, com sororidade e complementação. Quando falamos da troca, não é só bem material, é emocional.”

Aos 18 anos, Alana Cabral estreia como protagonista no horário nobre e completa a família de mães solo da trama. Sobre a oportunidade, ela comentou: “Estou muito honrada. Nem nos meus melhores sonhos, sonhei com isso. É uma responsabilidade. Estou aprendendo muito.”

O dilema de Gerluce diante da injustiça

No início da novela, Gerluce descobre que a patroa e seu amante são responsáveis pela piora da saúde de sua mãe e de outros moradores da comunidade. Os remédios distribuídos pela fundação dos vilões contêm farinha e, portanto, não têm efeito.

Diante da situação, a protagonista se pergunta até onde deve ir para reparar a injustiça e proteger aqueles que ama.

O diretor Luiz Henrique Rios destacou que a trama aborda dilemas éticos sobre o valor da vida no País, mas sem perder o tom leve. Segundo ele, apesar de drama e tragédia, a novela também é feita para entreter o público. “Ela é pensada para que as pessoas cheguem em casa, assistam à televisão, se divirtam e se apaixonem”, afirmou.

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Estadão

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