Bolsas da Europa sobem com expectativa de alívio pelo BoE mesmo com BCE em modo pausa
As bolsas europeias sobem nesta quinta-feira de contagem final para decisões de política monetária pelos principais Bancos Centrais da região. Mercado espera flexibilização pelo Banco da Inglaterra, enquanto o Banco Central Europeu deve manter a taxa de juros inalterada e pode trazer nuances em sua comunicação que indiquem que o próximo passo será de alta.
Por volta das 7h27 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 estava em alta de 0,3%, aos 581,47 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt subia 0,16%. Londres avançava 0,23% e Paris apresentava ganho de 0,26%. Os mercados de Milão e Lisboa avançavam 0,3% e 0,04%, respectivamente. Madri marcava alta de 0,6%.
O Rabobank avalia que os anúncios do BOE e do BCE, provavelmente, sejam evidências dos diferentes estágios da política monetária entre os países do G10. “Não vemos nenhum motivo para o BCE mudar sua política na reunião deste mês. O mercado também não. Outra manutenção da política monetária, provavelmente, consolidará a visão dos mercados de que o ciclo de cortes terminou, mas não esperamos que Lagarde confirme isso explicitamente”, observou a instituição em relatório. Para o banco, o índice de inflação no Reino Unido divulgado na quarta-feira (17) adicionou lenha para a tese de que o BOE está atrás da curva. A expectativa é de corte para a taxa de juros nesta quinta.
Em Londres, a BP subia 0,5% após anunciar Meg O’Neill, presidente da Woodside Energy e com 23 anos de ExxonMobil no currículo, como sua próxima CEO. Em meio ao prolongamento da alta do petróleo, a Shell subia 0,5% no mercado londrino e, em Paris, a TotalEnergies avançava 0,6%.
Além das decisões dos Bancos Centrais na Europa e da inflação ao consumidor nos EUA, investidores monitoram a última reunião de líderes da UE de 2025. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu para que os líderes dos 27 países membros da União Europeia aprovem o aguardado acordo comercial do bloco com os países do Mercosul, após enfrentar resistência de nações como a França.

