Bolsas da Europa sobem com Londres em destaque após alívio do CPI selar corte de juros pelo BoE

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Por Patricia Lara

São Paulo, 17/12/2025 – As bolsas europeias sobem nesta quarta-feira, com o mercado de Londres ostentando ganho de cerca de 1,6%, após a inflação ao consumidor ter uma desaceleração mais intensa do que a esperada. O dado reforça a expectativa de flexibilização monetária pelo Banco da Inglaterra na quinta-feira.

Por volta das 7h31 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 estava em alta de 0,5%, aos 582,58 pontos. No mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt subia 0,14%. Londres avançava 1,7% e Paris rondava a estabilidade, com variação negativa de 0,03%. Os mercados de Milão e Lisboa avançavam 0,6%. Madri marcava alta de 0,5%.

O Société Generale observa que a primeira queda nos preços ao consumidor no Reino Unido em novembro desde janeiro foi uma surpresa e traz um otimismo festivo para os títulos do governo britânico (Gilts). “Os dados tornam o corte de juros do Banco da Inglaterra amanhã uma formalidade”, diz o banco.

Os ganhos londrinos também eram impulsionados pela Shell (2,4%), após o petróleo subir sob efeito de bloqueio total pelos EUA de todos os petroleiros sancionados entrando e saindo da Venezuela. Em Paris, a TotalEnergies avançava 1,6%.

A Diageo subia 0,5% em Londres após anunciar a venda de suas participações majoritárias em duas empresas de bebidas quenianas para a cervejaria japonesa Asahi, por cerca de US$ 2,3 bilhões.

A Enel cedia 0,9% em Milão. A Enel São Paulo informou na noite de ontem que, até o momento, não foi formalmente comunicada sobre qualquer ato administrativo ou instauração de procedimento em relação à sua concessão por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), relacionado a notícias de que o órgão regulador já teria iniciado o processo para romper o contrato de concessão da empresa.

Além do CPI britânico, o índice referente à zona do euro mostrou que a taxa anual ficou abaixo da previsão e da prévia. Na Alemanha, o índice Ifo frustrou. Os dados econômicos não justificam qualquer mudança na política monetária do Banco Central Europeu, afirma James Mashiter, da SEI, em nota. O BCE decide também na quinta-feira.

Contato: patricia.andrioli@estadao.com

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Estadão

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