Brasileira é morta a facadas na Itália; companheiro é principal suspeito e foi preso
Uma brasileira foi encontrada morta na terça-feira, 28, após ser esfaqueada na cidade de Castelnuovo del Garda, na província de Verona, no norte da Itália, onde morava. O companheiro dela, principal suspeito, foi preso.
Segundo o jornal italiano Avvenire, os amigos de Jessica Stapazzollo, de 33 anos, acionaram a polícia após ela passar três dias sem responder às mensagens. Ao chegarem no apartamento onde a jovem morava, os agentes a encontraram sem vida.
Jessica foi morta com “um número desproporcional” de facadas, de acordo com uma citação do Ministério Público divulgada pelo Avvenire.
O principal suspeito é o companheiro da vítima, identificado como Douglas Reis Pedroso, de 41, que também é brasileiro. Ele não estava em casa quando os policiais localizaram o corpo, mas foi encontrado horas depois e preso. A faca usada no crime foi localizada em seu carro, ainda suja de sangue.
De acordo com o jornal italiano, Jessica morava com Pedroso há cerca de um ano e meio. Ela já havia sido agredida por ele em outras ocasiões – a mais grave ocorreu em abril deste ano, quando o homem a arrastou pelos cabelos no asfalto e desferiu três socos em seu rosto e pescoço.
Após o episódio, o brasileiro foi obrigado pela Justiça a usar tornozeleira eletrônica e proibido de ficar a menos de 500 metros de distância da vítima. Em dezembro do ano passado, Pedroso também foi acusado de tentar abusar sexualmente da irmã de Jessica.
O suspeito teria chegado a ligar para a polícia após a morte de Jessica para dizer que queria tirar a própria vida. As investigações iniciais apontaram que o homem consumia bebidas alcoólicas e drogas.
O corpo de Jessica passou por perícia para determinar a data e a hora da morte. A brasileira tinha uma filha de 10 anos de outro relacionamento. Ela havia perdido a guarda da menina devido aos episódios agressivos de Pedroso.
Dados do Ministério do Interior da Itália apontam que pelo menos 80 mulheres foram mortas no país desde o início deste ano – em mais da metade do casos, o assassino é o companheiro ou o ex.

