Chefe de gabinete de Bacellar é exonerado após operação da PF

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Chefe de gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rui Carvalho Bulhões Júnior foi exonerado do cargo. A decisão foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial desta terça-feira, 16, pelo presidente em exercício da Casa, o deputado estadual Guilherme Delaroli (PL-RJ).

Bulhões foi um dos alvos da segunda fase da Operação Unha e Carne, deflagrada nesta terça pela Polícia Federal (PF). Ele integrava a administração da Alerj durante a gestão de Rodrigo Bacellar, que pediu licença de 10 dias da Casa um dia após deixar a prisão. O mandado contra Bacellar havia sido expedido na primeira fase da operação.

O agora ex-chefe de gabinete é sócio de Bacellar em uma empresa de eventos. A exoneração foi determinada por Delaroli, que assumiu interinamente a presidência da Assembleia durante o afastamento de Bacellar.

Rui Carvalho Bulhões Júnior aparece no site do União Brasil como segundo vice-presidente do diretório estadual do partido no Rio de Janeiro. O União Brasil não respondeu à reportagem.

Outros dois nomes ligados a Bacellar também foram exonerados nesta terça-feira: Marcos André Riscado de Brito, diretor-geral da Alerj, e Robson Tadeu de Castro Maciel Junior, procurador-geral da Casa. A PF, entretanto, não menciona nenhum dos dois como alvos da operação.

Ao Estadão, a Alerj informou que as exonerações seguem o curso natural da transição na presidência da Casa.

Operação da PF

A Polícia Federal deflagrou nesta terça a segunda fase da operação Unha e Carne, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Mais cedo, o desembargador Macário Judice Neto foi preso por suspeitas de irregularidades envolvendo a condução do processo do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos, conhecido como TH Joias.

Em nota, a defesa do desembargador afirmou que o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por decretar a prisão, foi “induzido a erro” na tomada da decisão.

Esta segunda fase é um desdobramento da ação que havia prendido Bacellar, por suspeitas de vazamento do caso. Ele foi alvo de busca e apreensão nesta terça.

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Estadão

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