Como será a passarela de 134 km para romeiros até Aparecida

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Caso a construção seja aprovada, o custo da obra será bancado pela concessionária. Como se trata de investimento não previsto na concessão, haverá necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Foto: Reprodução/Pixabay

A concessionária RioSP vai construir uma passarela exclusiva de 134 quilômetros para os peregrinos que seguem em romaria a pé ou de bicicleta para o Santuário Nacional de Aparecida. A nova via, com largura de 3 a 7 metros, será construída paralela à rodovia Presidente Dutra, mas sem interferir na pista e nos acostamentos. O objetivo é reduzir o risco de acidentes envolvendo fiéis, já que atualmente os romeiros caminham pelo acostamento da rodovia.

O projeto técnico foi encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e, segundo a agência, recebeu a chancela de prioridade, devendo receber autorização para o início da execução do projeto. Há perspectiva de que o início das obras aconteça em 2026, junto com um projeto de ampliação da capacidade da Dutra. Com a proximidade de 12 de Outubro, data dedicada à Nossa Senhora Aparecida, a peregrinação já começou e a expectativa da Polícia Rodoviária Federal é de que 40 mil pessoas se dirijam a pé ou de bicicleta ao santuário. No ano passado, 37 mil romeiros fizeram a peregrinação.

De acordo com Rodolfo Borrel, gerente de Operações da RioSP, a partir da anuência da ANTT será feito o detalhamento da obra. “É um esforço conjunto para oferecer mais segurança aos romeiros, especialmente durante o período das celebrações do dia de Nossa Senhora Aparecida. Realizamos uma mega operação de segurança para proteger os fiéis, mas há sempre o risco de que um carro desgovernado cause um acidente com os romeiros”, diz.

O projeto prevê a via exclusiva de Arujá, na Grande São Paulo, até a chegada ao santuário, em Aparecida, passando pelas áreas urbanas de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Roseira e Pindamonhangaba. O estudo mostrou que há espaço para uma via contínua na maior parte do percurso. “Em alguns trechos o volume de obras será maior por necessidade de fazer o alteamento da pista e driblar as entradas e saídas da rodovia, que são muitas, mas há soluções técnicas”, diz Borrel.

Nos trechos urbanos das cidades que a via vai cortar, pode ser possível a utilização de marginais locais, segundo o gestor. A proposta ainda está em fase inicial e depende de ser formalizada a autorização da agência reguladora para que possa avançar para etapas técnicas mais detalhadas, como o desenvolvimento do projeto funcional e a análise de viabilidade econômica. O plano é transferir para a via exclusiva os pontos de apoio a peregrinos que se instalam ao longo do acostamento da Dutra durante as romarias.

Caso a construção seja aprovada, o custo da obra será bancado pela concessionária. Como se trata de investimento não previsto na concessão, haverá necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Projeto Romaria Segura 2025

Paralelamente à proposta técnica, a RioSP realiza este ano o projeto Romaria Segura 2025, com diversas ações voltadas à proteção e orientação dos romeiros que seguem pela Via Dutra. Entre os dias 6 e 12 de outubro, foram instaladas 23 tendas de apoio em pontos estratégicos da rodovia, entre Arujá e Aparecida (trecho de SP) e entre Resende e Aparecida (trecho do RJ), funcionando 24 horas por dia.

Nesses locais, os romeiros recebem orientações de segurança viária, kits com coletes e fitas refletivas, água, além de acesso a banheiros e totens para recarga de celulares. A concessionária também realiza ações de conscientização em postos de serviço e praças de pedágio, distribui folhetos informativos em igrejas e paróquias e divulga mensagens de alerta nos painéis variáveis ao longo da rodovia.

A Rota da Luz, alternativa reconhecida pelo Santuário Nacional por oferecer menor tráfego e contato com a natureza, também conta com tendas de apoio e distribuição de kits de segurança. Neste ano, de acordo com levantamento do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP), são esperados 450 mil visitantes durante a Festa da Padroeira, que acontece até 12 de outubro em Aparecida.

A maior concentração de visitantes ocorre aos finais de semana, quando chegam à cidade em torno de 150 mil pessoas, de acordo com dados da prefeitura. Em média, esses visitantes permanecem de três a quatro dias.

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Estadão

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