Copom diz que seguirá acompanhando atividade, repasse cambial e expectativas de inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) informou, na ata da sua última reunião, que acompanha três dimensões no seu cenário prospectivo: o ritmo da atividade, o repasse do câmbio para os preços e o comportamento das expectativas de inflação.

Segundo o Copom, o ritmo da atividade será relevante para observar a determinação da inflação, principalmente de serviços. O câmbio deve ser acompanhado, depois de ter passado por volatilidade. E as expectativas continuam desancoradas e são determinantes para a inflação futura.

“Os vetores inflacionários seguem adversos, como resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, expectativas de inflação desancoradas e projeções de inflação elevadas”, observou o colegiado, no documento divulgado nesta terça-feira.

O comitê repetiu que esse cenário prescreve uma política monetária “significativamente contracionista” por período “bastante prolongado” para garantir a convergência da inflação à meta.

No balanço de riscos, o comitê voltou a citar três riscos de alta – desancoragem por período mais prolongado, maior resiliência da inflação de serviços e conjunção de políticas interna e externa com impacto inflacionário, por exemplo, via câmbio – e três, de baixa – desaceleração da economia doméstica mais forte, desaceleração global mais pronunciada e redução nos preços de commodities.

“Avaliou-se que o cenário de maior incerteza segue apresentando riscos mais elevados do que o usual tanto de alta quanto de baixa para o cenário de inflação”, disse o comitê, novamente sem informar se o balanço é simétrico ou assimétrico.

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Estadão

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