Corrêa do Lago defende a criação, na estrutura da ONU, do Conselho de Mudança do Clima
O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a (COP30), André Aranha Corrêa do Lago, falou no início da noite desta segunda-feira sobre a discussão inicial para a criação do chamado Conselho de Mudança do Clima na estrutura das Nações Unidas. O colegiado seria focado na implementação dos acordos climáticos, buscando dar autoridade à ONU para cobrar a efetivação de compromissos nesta seara.
A Convenção do Clima e o Acordo de Paris foram criados para o foco na negociação. Porém, a ONU não tem um mandato para pedir a atuação dos órgãos multilaterais, visando a implementação de acordos. Não há autoridade para isso. Com a eventual mudança, o Conselho de Mudança do Clima teria essa autoridade.
O colegiado poderá, se aprovado, envolver todos os órgãos da ONU, seja nos temas sociais ou econômicos. O entendimento é que a agenda do clima é transversal e passa por diferentes áreas. “Continuamos a negociar no Acordo de Paris e na Convenção do Clima, mas na hora de implementar a gente precisa de uma outra estrutura que envolva economia, que envolva transporte, que envolva energia, que envolva todos os outros setores”, falou Corrêa do Lago, em conversa com jornalistas.
O consenso sobre esse novo conselho da estrutura da ONU ainda precisa ser construído. A mudança precisaria ser aprovada pela Assembleia Geral da ONU das Nações Unidas, sem necessidade de passar pelo Conselho de Segurança.

