Crespo e Palermo, artilheiros argentinos, duelam no comando de times que sofrem para fazer gols

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Hernán Crespo e Martín Palermo, dois dos principais artilheiros da história da Argentina, passam pelo oposto no Brasil. Treinadores de São Paulo e Fortaleza, respectivamente, se enfrentam nesta quinta-feira com dois dos piores do Campeonato Brasileiro nesta temporada. A partida acontece na Arena Castelão, a partir das 19h30 (de Brasília).

Com 27 gols marcados, o São Paulo tem o oitavo pior ataque no Brasileirão. O Fortaleza, que amarga a vice-lanterna, foi às redes 24 vezes, com o sexto pior setor ofensivo na competição deste ano. Os números contrastam com aqueles que os treinadores tiveram em suas respectivas carreiras como jogadores.

Os técnicos também vivem momentos diferentes na temporada. Palermo assumiu o Fortaleza em setembro, depois da saída de Renato Paiva, que já havia chegado neste ano para substituir o argentino Juan Pablo Vojvoda. Foram apenas três jogos disputados até aqui, com duas vitórias e uma derrota, esta diante do Palmeiras. Nesse período, o ataque da equipe cearense foi às redes quatro vezes.

Crespo vive o oposto. Com um início dos sonhos em seu retorno ao São Paulo, quando chegou a somar cinco vitórias seguidas e oito jogos de invencibilidade no Brasileirão, amarga quatro derrotas consecutivas e apenas um gol marcado nos últimos seis jogos – na vitória sobre o Botafogo por 1 a 0. Também perdeu o encanto junto à torcida, que deixou o MorumBis “esvaziado” na última partida do Brasileirão após eliminações seguidas da Copa do Brasil e Libertadores.

A situação do técnico são-paulino ainda é mais confortável. Apesar do momento negativo na temporada, o São Paulo ocupa a oitava posição na competição e está na briga por uma vaga à Libertadores. Os argentinos se reencontram, agora como técnicos, depois de competirem em campo e por uma vaga na seleção.

“Nós nos enfrentamos em algumas ocasiões. Ele é um daqueles atacantes que fez história não só a nível local, na Argentina, mas também na Itália. Um goleador, e com o qual eu competi por uma vaga na seleção”, disse Palermo, em entrevista coletiva antes da partida desta quinta-feira.

Em números, Palermo e Crespo tiveram carreiras individuais semelhantes. Foram 308 gols do técnico do Fortaleza e 328 do são-paulino. Na seleção argentina, Palermo ficou marcado pelos três pênaltis desperdiçados em uma mesma partida da Copa América de 1999, contra a Colômbia, que o afastou da equipe por dez anos.

Só retornou antes da Copa do Mundo de 2010, quando marcou na fase de grupos contra a Grécia e afirmou que aquele havia sido o gol mais importante de sua carreira. Essa ausência das partidas por seleções, no entanto, não fez com que sua carreira passasse despercebida.

Com 237 gols, é o maior artilheiro da história do Boca Juniors, onde conquistou duas vezes a Libertadores, duas Copas Sul-Americanas e o Intercontinental, em 2000, contra o Real Madrid. Também teve breve passagem pelo futebol espanhol, entre 2001 e 2004, antes de retornar à Argentina, para defender o clube xeneize.

Crespo venceu a concorrência sobre o compatriota, tendo disputado as Copas de 2002 e 2006, e indo às redes 35 vezes com a camisa da seleção. Diferentemente de Crespo, construiu seu faro de artilheiro na Europa. Depois de se destacar no River Plate, se transferiu para a Itália, onde foi campeão com o Parma, Lazio, Inter de Milão e Milan. Também somou passagem pelo Chelsea, da Inglaterra. Encerrou sua carreira como jogador no Parma, em 2012.

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Estadão

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