Crespo não desiste do G-7 e diz que fica no São Paulo em 2026: ‘Muito trabalho pela frente’
Como habitualmente faz, o técnico Hernán Crespo esbanjou sinceridade ao afirmar que ainda não sabe os motivos que levaram o São Paulo a fazer uma partida tão ruim e ser derrotado pelo Red Bull Bragantino, por 1 a 0, neste sábado, na Vila Belmiro. “Não tivemos o nível que o jogo merecia. Por quê? Ainda não sei”. Apesar da derrota, o argentino não joga a toalha e garante que o time vai tentar até o final uma vaga na Libertadores.
O revés na Vila Belmiro, onde o time joga até o fim do Brasileirão enquanto o MorumBis recebe shows internacionais, deixou o São Paulo mais longe de uma vaga na Libertadores. O time está em oitavo, com 45 pontos, e pode ver o Fluminense, time que abre o G-7, ampliar a distância neste domingo. Os cariocas têm missão difícil e jogam contra o Cruzeiro, no Mineirão.
“Tentaremos. Ainda faltam rodadas e já demonstramos que podemos bater qualquer rival. Temos de continuar a trabalhar. O resultado às vezes chega, às vezes não. Tentaremos fazer o máximo. Se vamos alcançar, não sei. Mas o torcedor pode ficar tranquilo que estamos fazendo o máximo. Se chegarmos em sétimo, tudo bem. Se for o oitavo, vamos torcer para outro time na Copa do Brasil”, disse.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de deixar o clube ao fim da temporada, Crespo afirmou que vai continuar no São Paulo em 2026. “Vamos ficar. Temos muito trabalho pela frente”, disse o treinador, que abriu o coração ao comentar a razão de querer permanecer no cargo mesmo sem vislumbrar a possibilidade de títulos no atual momento
“Muitas vezes o sentimento não tem razão. Quando ligaram para mim, estavam lutando para não cair. São Paulo me chamou e estou aqui. Porque o São Paulo é grande. Vamos ver o que vai acontecer ano que vem para saber se temos base para continuar ou não. Depende se estou à altura das mudanças que vamos fazer”, iniciou.
“Cheguei aqui e tentei agregar valor. Quando a gente sai quer deixar o clube melhor do que chegou. Vou trabalhar para que talvez outros possam aproveitar dessa situação. Cheguei aqui para trabalhar e fazer o melhor possível”, finalizou.
Crespo voltou a lamentar a baixa por lesões no elenco tricolor. O time enfrentou o Bragantino sem os meias Pablo Maia e Marcos Antônio, que se machucaram ao longo da semana. Para o treinador, a questão no clube é crônica e vai além do departamento médico. “É uma coisa regular e que temos de resolver. Todos, comissão e fisioterapeutas, estamos tentando fazer o melhor. É encerrar a temporada e ver onde podemos melhorar.”
O argentino reconheceu que o time não jogou e tentou explicar a alteração que fez no intervalo, quando tirou Lucas Moura para colocar o atacante Gonzalo Tapia. A alteração deixou o time sem articulação no meio-campo e deu espaço para o Bragantino avançar e buscar a vitória.
“A ideia era tentar criar um quadrado no meio e escolhi o Tapia por questão de característica”, explica. “Às vezes tentamos fazer algo mais ofensivo e o time não se encontra bem. Então, às vezes são as características e não os nomes aqueles que têm de jogar.”
Ao ser questionado sobre os protestos contra o presidente Julio Casares, Crespo afirmou que tem respeito ao mandatário e descartou tecer comentários sobre a administração. “Precisamos de ordem. Cada um deve pegar sua responsabilidade e responder para aquilo que foi contratado. Aprendi a amar o São Paulo, mas não vou falar como torcedor. Acho que isso não é correto.”

