Dólar abre em queda, mas perde ritmo após dados dos EUA
O dólar abriu a quinta-feira, 25, em queda de 0,14%, a R$ 5,3199 e reduziu o ritmo, ficando mais em linha com o exterior. Os investidores calibram suas apostas em torno do Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado pelo Banco Central, e da entrevista do presidente da instituição, Gabriel Galípolo, marcada para as 11 horas. O IPCA-15 de setembro, divulgado pelo IBGE, também entra no radar. No exterior, a atenção recai sobre a leitura final do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre e sobre a bateria de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No RPM, o BC revisou a projeção para o hiato do produto do segundo trimestre, de 0,5% para 0,7%, o que reforça a avaliação de economia mais aquecida e justifica cautela na política monetária, com a taxa Selic elevada por um período prolongado. A autoridade reduziu ainda a estimativa de crescimento do PIB em 2025, de 2,1% para 2,0%, e projetou expansão de 1,5% em 2026, abaixo das expectativas de mercado. Para o IPCA, a previsão é de manutenção acima da meta de 3% até 2028.
O IPCA-15 de setembro subiu 0,48%, abaixo da mediana das expectativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,51%. O resultado positivo veio após queda de 0,14% em agosto, levando a taxa acumulada em 12 meses a 5,35%.
No exterior, os juros dos Treasuries e o dólar aceleraram alta e renovaram as máximas do dia, após a divulgação de uma série de dados dos EUA, como a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB), um pouco acima do esperado, e do índice de preços de gastos com consumo (PCE) do segundo semestre, assim como os pedidos de auxílio-desemprego da semana, abaixo do previsto.
Na quarta-feira, 24, o dólar à vista fechou em alta de 0,91%, a R$ 5,3274. Já o dólar futuro para outubro terminou com avanço de 0,53%, a R$ 5,3140.