Dólar recua por exterior e no aguardo de Caged e conversa de Lula com Trump
O dólar recua no mercado à vista em meio a quedas no exterior frente alguns pares emergentes do real, como peso chileno, peso mexicano, rublo e rand sul africano. Alta do minério de ferro ajuda. Os mercados aguardam a implementação das tarifas “recíprocas” dos EUA a 69 países nesta semana e uma possível conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Donald Trump sobre a sobretaxa de 50% ao Brasil.
Na sexta-feira passada, dia 1º, o republicado disse que “Lula pode falar comigo a qualquer momento”. “Vamos ver o que acontece com o Brasil. Eu amo as pessoas de lá”, acrescentou. Brevemente, Trump voltou a acusar o País, no entanto, de não tratar bem o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, as tarifas seguem mesmo com negociações em andamento. Trump planeja ainda nomear substituto para o Federal Reserve nesta semana, após a renúncia da diretora Adriana Kugler, e um novo comissário para o Escritório de Estatísticas do Trabalho, após demitir Erika McEntarfer devido a um fraco relatório de empregos em julho.
O mercado também espera os dados do Caged nesta segunda-feira, 4, e a ata da reunião do Copom, que será divulgada na terça (5). A expectativa é aceleração na criação de vagas formais em junho ante maio.
No boletim Focus, divulgado pela manhã, a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 4,44% para 4,39%. A mediana para o IPCA de 2025 caiu de 5,09% para 5,07%, a décima baixa seguida, mas a taxa está 0,57 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou em quatro das sete capitais pesquisadas no encerramento de julho, passando de 0,31% para 0,37%, da terceira para a quarta quadrissemana do mês.
No câmbio, o Banco Central inicia a rolagem dos contratos de swap cambial com vencimento em 1º de setembro de 2025, com leilão de até 35 mil contratos (US$ 1,75 bilhão) às 11h30.
O Banco Central autorizou um aumento de R$ 1 bilhão no capital do Banco Master, de R$ 3,763 bilhões para R$ 4,763 bilhões.
A Polícia Federal cumpriu medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) para aplicar uma tornozeleira eletrônica, conforme ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação ocorreu após o senador retornar de uma viagem não autorizada aos EUA, violando uma ordem anterior do ministro.