Dólares, joias, veículos, armas e munições: veja o que a PF apreendeu na Operação Sem Desconto
A Polícia Federal apreendeu, na quarta fase da Operação Sem Desconto, milhares de reais e dólares em espécie, joias, veículos, armas e equipamentos eletrônicos diversos.
Trata-se do resultado da nova fase da operação que investiga desvios de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deflagrada na quinta-feira, 13.
Veja abaixo o balanço da 4ª fase da operação
R$ 720 mil em espécie;
US$ 72 mil dólares americanos
23 relógios de luxo;
106 peças de joias;
43 veículos;
57 celulares;
8 armas e 314 munições;
5 computadores (CPU);
21 notebooks;
2 smartwatches;
4 tablets;
7 HDs e 8 pen drives.
Um dos presos é o ex-presidente da entidade, Alessandro Stefanutto, investigado por suspeita de ter permitido os desvios sob sua gestão. Ele assumiu o INSS em julho de 2023, no governo atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nota, a defesa dele classificou a prisão como “ilegal”: “Trata-se de uma prisão completamente ilegal, uma vez que Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”.
A PF também cumpriu a imposição de tornozeleira eletrônica ao ex-ministro do Trabalho e Previdência e ex-presidente do INSS no governo de Jair Bolsonaro José Carlos Oliveira.
A operação mirou outros ex-dirigentes do INSS. Foi preso André Fidelis, ex-diretor de Benefícios, ao mesmo tempo em que seu filho, o advogado Eric Fidelis, prestava depoimento à CPI. O ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio, e a esposa dele, a médica Thaísa Hoffmann, também foram detidos – ela recebeu pagamentos de mais de R$ 5 milhões de empresas do lobista Antônio Camilo, o “Careca do INSS”. À CPI, ela alegou ter prestado serviços de pareceres médicos.
A lista de presos inclui ainda três pessoas ligadas à Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer): Cícero Marcelino, Tiago Abraão Ferreira Lopes e Samuel Chrisostomo do Bomfim Júnior. Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho, também foi alvo de prisão.

