É essencial oferta de novos blocos que permita previsibilidade a empresas, diz diretor da ANP
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Artur Watt Neto, destacou na manhã desta quarta-feira, 22, a mensagem sobre a importância de haver previsibilidade na oferta de blocos para exploração. Ele falou na abertura da 3ª Oferta Permanente de Partilha (OPP) em áreas do pré-sal. “Previsibilidade para quem quer investir no Brasil. … Sempre que há blocos disponíveis, seja por não terem sido arrematados ou devolvidos, a oferta gera uma dinâmica no setor e a Oferta Permanente tem mostrado muito sucesso, gera dinâmica importante.”
Watt ainda ressaltou que a contratação das áreas é o “primeiro passo” para a recomposição, manutenção e acréscimo das reservas energéticas, assim como desempenha papel no fortalecimento das reservas econômicas. As participações de royalties alcançaram R$ 98 bilhões para o País, além de ter alcançado a posição de principal item da pauta de exportação em 2024.
“O Brasil é um dos líderes da transição energética, mas não pode restringir a oferta de petróleo. O petróleo, além de abastecer as nossas refinarias, representa quase metade do nosso saldo positivo da balança comercial. A indústria desempenha papel decisivo para a estabilidade econômica”, enfatizou o diretor-geral da ANP.
‘Olhando para o futuro’
A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Araújo, ressaltou que a agência já está “olhando para o futuro” em relação à Oferta Permanente de Partilha. Ela ainda ressaltou o conjunto de ajustes nos editais que resultaram na atração de empresas com diferentes perfis.
“Avaliamos acrescentar mais 18 blocos nas Bacias de Campos e Santos para o 4º Ciclo de Oferta de Partilha, em breve. Isso reforça nosso compromisso contínuo em ampliar o acesso a novas áreas exploratórias, fomentar novas descobertas e aumentar as reservas nacionais de forma sustentável”, pontuou durante a sessão de abertura do leilão. “O sucesso dos leilões são enxergados no longo prazo, por conta da parcela que retorna para a União … maximizando os benefícios para a sociedade com transparência regulatória”, complementou.
Sinergia
O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Renato Dutra, também endossou que esse é um instrumento que já se provou válido para a atração de investimentos, já que desde 2013 o conjunto de certames realizados resultou em 20 blocos ofertados e contratados.
“É importante termos a sinergia entre MME e ANP, entendendo que política pública e regulação andam juntos. Olhamos para o setor de petróleo e gás com orgulho. É um setor que tem destinado cada vez mais recursos para pesquisas de transição energética e descarbonização das atividades de exploração e produção (E&P)”, disse ele.