Eduardo Cunha recorre ao STF após Cleitinho xingá-lo de ‘vagabundo’

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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ingressou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o seu correligionário, senador Cleitinho (Republicanos-MG), nesta quinta-feira, 7. O ex-deputado processa Cleitinho após ser chamado de “vagabundo” e “canalha” durante os atos em defesa de Jair Bolsonaro (PL) realizados em 3 de agosto em Belo Horizonte (MG). Procurado pelo Estadão, o parlamentar não se manifestou até a publicação da matéria.

Para a defesa de Cunha, os xingamentos “não configuram discurso político, tampouco opinião crítica dentro do contexto institucional do exercício do mandato. Trata-se apenas de ofensas pessoais que visam apenas o descrédito moral e a desqualificação pública”.

Em um trio elétrico, Cleitinho atacou o ex-presidente da Câmara. “Aqui em Minas Gerais tem um canalha, um vagabundo, que chama Eduardo Cunha, que está vindo para cá agora, querendo fazer campanha para deputado federal. Vocês vão ter coragem de votar num vagabundo desse? Por que que ele não vai para o Rio de Janeiro fazer campanha lá?”. Um vídeo com os xingamentos ainda foi publicado no Instagram do congressista.

Os advogados de Cunha argumentam que Cleitinho não estava amparado pela imunidade parlamentar na ocasião. Para eles, o benefício é uma “garantia funcional voltada à proteção da atividade parlamentar – e não da pessoa do parlamentar em si”.

O ex-deputado busca processar Cletinho sob a afirmação de que a imunidade do senador “não se aplica, uma vez que as ofensas foram proferidas, como já exposto, fora das dependências do Congresso Nacional” e que, na ocasião, ele não guardava “qualquer vínculo com o exercício da atividade parlamentar, estando totalmente dissociada das atribuições inerentes ao cargo legislativo”.

Ao longo de 2025, Cunha vem intensificando a agenda em municípios mineiros. O político planeja um retorno à Câmara dos Deputados sendo eleito pelo Estado e, atualmente, acumula cinco emissoras de rádio registradas em municípios mineiros.

Os embates com Cleitinho, que foi eleito pelo Estado, são antigos. “A vontade que eu tinha era de dar um murro na cara de um cara como o Eduardo Cunha, que quer ser candidato. Mas não pode, porque o culpado ainda vira a gente. Esses caras devem estar tomando uísque e rindo da cara do povo. Estão fazendo apostas para ver quem ganha a eleição”, discursou o senador no plenário da Casa, em dezembro de 2024.

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Estadão

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