Energia puxa inflação ao Consumidor no IGP-DI de setembro, afirma FGV
O avanço na tarifa de eletricidade residencial (10,34%), após o desconto nas contas de luz decorrente do Bônus de Itaipu, deu a principal contribuição para a inflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Houve pressões também dos aumentos na passagem aérea (18,91%), condomínio residencial (2,05%), refeições em bares e restaurantes (0,90%) e seguro para veículo (3,33%). Na direção oposta, figuraram entre os principais alívios o tomate (-12,78%), desodorante (-9,17%), perfume (-3,44%), leite longa vida (-1,79%) e batata-inglesa (-6,86%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma queda de 0,44% em agosto para uma alta de 0,65% em setembro.
Cinco das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Habitação (de -0,80% em agosto para 2,13% em setembro), Educação, Leitura e Recreação (de -1,79% para 2,00%), Transportes (de -0,24% para 0,30%), Alimentação (de -0,50% para -0,18%) e Comunicação (de 0,04% para 0,07%).
Por outro lado, as taxas foram mais brandas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,24% para -0,06%), Vestuário (de 0,23% para -0,17%) e Despesas Diversas (de 0,23% para -0,13%).
O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,24% em setembro, após um aumento de 0,20% em agosto. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 59,35% em agosto para 54,19% em setembro.
O núcleo do IPC-DI é usado para mensurar tendências e calculado a partir da exclusão das principais quedas e das mais expressivas altas de preços no varejo. Ainda de acordo com a FGV, o núcleo acumulou uma elevação de 3,41% no ano e aumento de 4,41% em 12 meses.