Estudantes decidem desocupar campus da PUC-SP

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Os estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), paralisados desde a semana passada, decidiram nesta segunda-feira, 26, desocupar o campus Monte Alegre, em Perdizes, na zona oeste da capital paulista. A decisão foi tomada em uma assembleia geral que reuniu os alunos mobilizados.

A saída do prédio será realizada nesta terça-feira, 27, no período da manhã. Descontentes com a direção da universidade e alegando casos de racismo no ambiente da instituição, os estudantes ocuparam o campus na semana passada, fazendo piquetes e bloqueios com as carteiras para evitar o acesso ao prédio.

Na sexta-feira, 24, a Justiça autorizou a Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP, a acionar a Polícia Militar para fazer uma reintegração de posse. A medida não chegou a ser utilizada.

A paralisação foi iniciada na última segunda, 19, e puxada pelo coletivo Saravá, formado por estudantes negros da PUC-SP. O movimento cresceu e angariou o apoio de outros coletivos universitários da instituição.

A paralisação não afetou todos os cursos. Alguns, como Engenharia, continuaram a ter aulas normalmente.

Os estudantes pedem melhores condições estruturais, avanços na política de permanência estudantil – entre elas, o acesso gratuito ao bandejão para estudantes bolsistas -, revisão sobre o aumento das mensalidades e letramento racial na formação de profissionais da universidade.

De acordo com a Reitoria da PUC-SP, a partir de terça-feira, 27, serão concedidas bolsas de alimentação de 100% aos alunos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), ou seja, que participam do programa em que a graduação é financiada pelo Ministério da Educação.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Fundação São Paulo informou que o seu diretor executivo, o Padre José Rodolpho Perazzolo, recebeu uma comissão estudantil para debater sobre a ocupação do campus.

Os estudantes apresentaram as reivindicações e pediram à fundação para que o processo que tramita na Justiça fosse retirado. A Fundasp concordou pelo fim do caso, caso o campus fosse desocupado.

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Estadão

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