FecomercioSP: confiança do consumidor na capital cai 11,1% em junho ante igual mês de 2024
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) na capital paulista recuou 11,1% em junho de 2025 ante mesmo mês de 2024, completando 11 meses consecutivos de queda, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Já a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 2,2% na mesma base comparativa.
A instituição afirma que “a inflação, os juros elevados, o endividamento e o cenário fiscal incerto têm afetado diretamente o custo de vida dos paulistanos, influenciando a intenção de consumo e a confiança dos consumidores, na capital”.
Ainda assim, na margem, a intenção de consumo permaneceu estável (0,9%), enquanto a confiança dos consumidores subiu 1%. Na escala que vai de 0 a 200 pontos – representando, respectivamente, pessimismo e otimismo total -, o ICF registra 105,1 pontos, enquanto o ICC está na casa dos 112,9 pontos.
Segundo a FecomercioSP, a recuperação mensal do ICF, após quatro meses consecutivos de queda, e o leve avanço do ICC ainda não são suficientes para sinalizar uma retomada consistente.
“A retração em comparação com 2024 aponta um contexto econômico desafiador, marcado por incertezas fiscais, inflação persistente – principalmente nos serviços -, juros e endividamento elevados, que limitam a expansão do crédito e freiam o consumo, em especial de bens duráveis. Além disso, a condução da política fiscal expansionista gera dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas, trazendo à tona a necessidade urgente de uma Reforma Administrativa estatal.”
Entre os subíndices de maior queda, estão: Momento para duráveis (-13,9% em um ano, 68,6 pontos); Nível de consumo atual (-7,8%, 82,6 pontos); Perspectiva de consumo (-6%, 95,2 pontos); e Renda atual: -3,6%, 134,4 pontos.
Já nos subíndices com sinais positivos, figuram: Emprego atual (+0,9% em 12 meses, 133,8 pontos) e Perspectiva profissional (+8,6%, 120,1 pontos), refletindo um mercado de trabalho mais aquecido. A taxa de desemprego para o trimestre encerrado em maio registrou o menor índice (6,2%) para o para o período desde 2014, e o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado alcançou um novo recorde, somando 39,8 milhões de pessoas, destaca a FecomercioSP.