Felca ganhou mais de 10 milhões de seguidores após denúncia sobre exploração infantil

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Após denunciar a ‘adultização’ de menores nas redes sociais em vídeo postado no último dia 6, o influenciador Felipe Bressanim, o Felca, já ganhou mais de 10 milhões de novos seguidores em seus perfis nas redes sociais. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Nexus, empresa de pesquisa e inteligência de dados, Felca tinha 20.069.233 seguidores no dia 6 e na última terça-feira, 12, chegou a 30.416.055 – aumento de 52%. Até esta quarta-feira, 13, o vídeo postado no YouTube tinha quase 36 milhões de visualizações. Somados os cortes publicados em outras redes sociais, o total de visualizações chega a 66 milhões. O dado da Nexus aponta que no X (antigo Twitter) Felca figura na 12ª posição dos Trending Topics Brasil nas 24 horas anteriores, com aproximadamente 797 mil menções.

Desde a divulgação do vídeo, no dia 6 de agosto, o nome do influenciador apareceu diversas vezes nas primeiras posições da lista. A ordem dos Trending Topics, tanto global quanto do Brasil, respeita uma série de variáveis que vão além do número de citações ao termo – como o fator novidade. No X, uma análise amostral de 249 mil publicações, feitas entre 0h do dia 11 e 8h do dia 13, indica que o assunto foi pautado por um número relevante de usuários da rede: 99 mil usuários únicos. Isso significa uma média de 2,5 posts por perfil.

No período analisado, a Nexus observou dois picos de conversas sobre o tema nas redes sociais, sendo o primeiro por volta das 20h da terça-feira e o outro às 7h desta quarta-feira. Termos como “vídeo do Felca”, “Marajó”, “crianças e adolescentes” e “Brasil” foram destaques da nuvem de palavras.

No X, perfis de diversos nichos, como o influenciador Felipe Neto e o humorista Danilo Gentili, seguem comentando a pauta levantada pelo vídeo de Felca. Ainda na rede de Elon Musk, usuários se mobilizaram por meio da hashtag “#Regulamentação é proteção”, pedindo a regulamentação das redes sociais e da internet em geral. Às 9h40 de quarta-feira, essa tag figurava na oitava posição dos Trending Topics, mencionada mais de 130 mil vezes.

Facebook e Instagram

No Facebook e no Instagram, outra amostra de 15 mil postagens aponta que, assim como no X, perfis dos mais variados nichos comentaram sobre o assunto também nessas redes. No Facebook prevaleceram perfis de veículos de imprensa repercutindo suas reportagens sobre o tópico. No Instagram foram perfis de entretenimento, como Hugo Gloss, Leo Dias e Alfinetei.

Google

No Google Trends Brasil, considerando as 48 horas anteriores à manhã de quarta-feira, “lei felca” esteve em alta durante dez horas nas buscas na plataforma, acumulando pouco mais de 2 mil pesquisas, com um pico às 4h de terça-feira. Outro termo que apareceu no ranking foi “felca jornal nacional”, que alcançou cerca de 200 pesquisas, com um pico às 21h de segunda-feira.

Comentários no YouTube

Uma análise amostral de 50 mil comentários (20% dos 237 mil) feitos no vídeo de Felca em seu canal no YouTube indica que há forte onda de apoio e admiração pelo influenciador, especialmente diante de sua coragem. Uma das menções mais recorrentes é de que o influenciador “deu a cara a tapa” para denunciar algo que muitos sabiam que existia, mas que ninguém tinha coragem de expor publicamente.

“Comentários de pessoas de diferentes países, como Angola e Portugal, e de profissionais de várias áreas, como psicólogos, professores, advogados e médicos, além de pais e mães de crianças, frisam a importância e o alcance do conteúdo. A atitude de Felca é amplamente elogiada e vista como um ato de ‘serviço público’ para conscientizar a população”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Outro ponto ressaltado nos comentários é o fato de o vídeo não ter sido monetizado, o que é visto como um sinal de integridade e desinteresse financeiro por parte de Felca, fortalecendo a credibilidade de sua denúncia. Muitos expressam preocupação com a segurança do influenciador, pedindo orações e proteção a ele por ter “mexido num vespeiro” e enfrentado uma “máfia” de pessoas poderosas. Também há diversos relatos de vítimas de abuso que se sentiram representadas e encorajadas pelo conteúdo, compartilhando suas experiências pessoais e o impacto duradouro dos traumas em suas vidas.

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Estadão

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