Fitch rebaixa ratings do BRB, mantém Observação Negativa e retira RSC

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A Fitch Ratings rebaixou os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local do Banco de Brasília (BRB) para ‘CCC’, de ‘B-‘. Além disso, a agência rebaixou o rating de Viabilidade (RV) para ‘ccc’, de ‘b-‘, e o Rating Nacional de Longo Prazo para ‘CCC(bra)’, de ‘BBB+(bra)’. A Fitch manteve todos os ratings do banco em Observação Negativa.

Ao mesmo tempo, a agência retirou o Rating de Suporte do Controlador (RSC) ‘b-‘ e atribuiu Rating de Suporte do Governo (RSG) ‘Sem Suporte’ ao banco.

Segundo a agência de classificação de riscos, o rebaixamento dos ratings do BRB refletem o significativo enfraquecimento da governança e dos controles internos de risco do banco após o afastamento de dois diretores, determinada pela justiça brasileira. “As questões de governança e as investigações sobre carteiras de crédito supostamente fraudulentas adquiridas do Banco Master (liquidado extrajudicialmente em 18 de novembro) aumentaram substancialmente o risco de falha do BRB e revelaram graves deficiências nas práticas de supervisão e gestão de riscos. As investigações podem afetar significativamente o balanço, a capitalização e a franquia da entidade”, diz.

Conforme a Fitch, a Observação Negativa reflete incertezas quanto à dimensão e ao impacto financeiro finais da alegada fraude. A agência lembra que o conselho de administração do banco contratou uma auditoria externa especializada para investigar as questões levantadas pelas autoridades e ajudar a determinar o alcance dos problemas.

Além disso, a Fitch retirou o RSC do BRB, justificando que a dimensão e a incerteza de eventuais perdas associadas à investigação, juntamente com os processos judiciais e de supervisão em curso, que também envolvem o acionista controlador, aumentam a complexidade, o custo e a sensibilidade política de qualquer possível ação de suporte do governo do Distrito Federal.

“Estes fatores criam incerteza em relação ao momento, ao âmbito e à coordenação de um possível suporte extraordinário do ente público, portanto, a Fitch não considera mais o RSC do BRB relevante para sua cobertura”, afirma a agência.

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Estadão

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