FMI mantém previsão para PIB do Reino Unido e para redução gradual nos juros pelo BoE
O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve previsão para o crescimento econômico do Reino Unido e para redução gradual nos juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, em inglês), em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 25. A nota foi publicada ao fim da missão do FMI ao país, encerrada em 21 de julho, no âmbito da Consulta do Artigo IV de 2025.
O Produto Interno Bruto (PIB) britânico deverá avançar 1,2% em 2025, antes de acelerar para crescimento de 1,4% em 2026, estima o fundo, impulsionado pelo aumento nos investimentos empresariais. Já a inflação ao consumidor cairá de 3,2% em 2025 para 2,3% no próximo ano, conforme o avanço salarial modera e os impactos de tensões comerciais globais pesam sobre os preços.
Esse cenário deve permitir que o BoE prossiga com a flexibilização monetária, fortalecendo a confiança do consumo privado e sustentando o crescimento. Segundo o relatório, os juros do BoE devem recuar para 4,1% em 2025, 3,2% em 2026 e 3,0% em 2027, ante o atual nível de 4,25%.
O fundo também espera apoio dos gastos públicos a serem anunciados no orçamento de outubro pela ministra das Finanças, Rachel Reeves. Apesar da pressão recente enfrentada pelo governo, o FMI reiterou que os planos fiscais conseguiram um “bom equilíbrio” entre apoiar o crescimento e proteger a sustentabilidade fiscal, o que torna importante manter o curso atual para reduzir o déficit como planejado nos próximos cinco anos. Os planos também cobrem “as áreas certas para ampliar a produtividade” com reformas estruturais, pontuou.
Contudo, o FMI alerta que os riscos para o PIB do Reino Unido continuam de baixa, devido à combinação de condições financeiras apertadas, aumento da poupança doméstica, possíveis gargalos nas cadeias de oferta, redução do investimento privado causada por tensões globais e impacto de tarifas dos EUA. Esse cenário pode reduzir o PIB britânico em 0,3% em 2026.
O fundo reforçou a importância de garantir a resiliência do mercado de Gilts nesse contexto, mas reconheceu o progresso obtido na redução de vulnerabilidades do setor não-bancário.
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