Haddad: contenção e corte de gasto tributário melhorou contas sem penalizar consumidor

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o governo chega ao fim do ano com um “balanço muito significativo” na área fiscal e avaliou que a estratégia de contenção e corte de gastos tributários permitiu recompor as contas públicas sem impacto negativo sobre a população. As declarações foram dadas durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS).

Segundo ele, o ajuste atual rompe com a lógica de que equilíbrio fiscal implica penalizar quem está na base da pirâmide. “Com contenção e corte de gasto tributário, conseguimos melhorar as contas sem penalizar o consumidor”, disse o ministro, ao defender que a recomposição foi feita com foco em justiça tributária e revisão de subsídios.

Haddad também criticou práticas de postergação de pagamentos adotadas em gestões anteriores e afirmou que a metodologia do Banco Central deve refletir os compromissos efetivos do Estado. “O País não pode viver de calote para maquiar a conta pública”, disse.

Para o ministro, o cálculo do déficit não pode desconsiderar precatórios deixados sem pagamento. “O BC não pode considerar calote de precatórios pagos pela atual gestão no déficit; nós damos total transparência para as contas”, afirmou.

Ele destacou ainda que a retomada de padrões internacionais de contabilidade fortaleceu o diálogo com o Congresso e ajuda a sustentar o ciclo de ajuste em andamento.

Haddad ressaltou que o governo está “satisfeito com muita coisa, insatisfeito com outras”, mas convicto de que entrega avanços relevantes em meio à implementação da reforma tributária e ao ambiente de expansão do investimento estrangeiro.

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Estadão

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