Influências altistas do IPC-S são espalhadas, mas nada que indique descontrole, diz coordenador
A alta no preço de alimentos, serviços e administrados, como energia elétrica e jogo lotérico, contribuem para o avanço do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), sendo um movimento espalhado de pressão altista. A avaliação é do economista e coordenador do índice, André Braz.
“Quando vemos essas influências positivas muito concentradas em um grupo só, como em alimentos, sabemos que é um efeito passageiro. No entanto, essa alta está bem disseminada”, diz.
À frente, a tendência é de alta, devido ao retorno dos alimentos in natura ao terreno positivo, segundo Braz. “Mas isso também não indica descontrole ou uma preocupação com a inflação. Não é nada novo, é ainda um período de ajuste de preços que está em andamento”, afirma.
O IPC-S acelerou o ritmo de alta a 0,31% na terceira quadrissemana de julho, após elevação de 0,25% no período anterior. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 23, pela FGV. Com o resultado, o IPC-S acumula agora alta de 3,99% nos últimos 12 meses e de 3% em 2025.