Japão cobra agilidade da China em licenças para exportação de terras raras e ímãs

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

O ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, cobrou da China maior agilidade na liberação de exportações de terras raras e ímãs, recursos estratégicos para a indústria japonesa, durante reunião bilateral realizada em Kuala Lumpur nesta quinta-feira (10). Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Japão, Iwaya manifestou “forte preocupação com o impacto significativo sobre as empresas japonesas” e pediu “com firmeza a agilização do processo de aprovação das licenças de exportação”.

De acordo com o governo japonês, o homólogo chinês Wang Yi respondeu que, “desde que sejam cumpridas as normas pertinentes e realizados os procedimentos necessários, a demanda legítima das empresas japonesas será atendida”.

O encontro, que durou cerca de 45 minutos, ocorreu à margem da reunião de chanceleres da ASEAN e foi descrito por ambos os países como parte de um processo de retomada do diálogo bilateral. “A relação bilateral vai além do escopo meramente bilateral”, afirmou Wang Yi, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China. Para o governo chinês, o momento representa uma “oportunidade crucial para refletir sobre a história e abrir caminhos para o futuro”.

O lado japonês destacou também preocupações com questões de segurança regional, incluindo “a violação do espaço aéreo por helicópteros de patrulha marítima chineses” e “o desenvolvimento unilateral de recursos no Mar da China Oriental”. Iwaya reforçou ainda a necessidade de eliminar restrições chinesas à importação de alimentos japoneses e de retomar as exportações de carne bovina.

Apesar das divergências, os dois governos concordaram em “promover conjuntamente a relação de parceria estratégica de benefício mútuo” e discutiram temas regionais como Coreia do Norte, Oriente Médio e Taiwan.

PUBLICIDADE
Estadão

Todas as notícias de Londrina, do Paraná, do Brasil e do mundo.