Korea Zinc fecha parceria com governo dos EUA para fundição de minerais críticos no Tennessee
A Korea Zinc anunciou nesta segunda-feira, 15, uma parceria estratégica com o governo dos Estados Unidos para construir uma grande fundição de minerais críticos no país, em um projeto avaliado em US$ 6,6 bilhões em investimentos diretos e cerca de US$ 7,4 bilhões quando considerados capital de giro e custos financeiros. O acordo envolve o Departamento de Guerra e o Departamento de Comércio dos EUA e prevê a instalação de uma fábrica de aproximadamente 650 mil metros quadrados em Clarksville, no Estado do Tennessee.
Segundo a empresa, a iniciativa representa um “marco crítico” na cooperação econômica entre Estados Unidos e Coreia do Sul e tem como objetivo reduzir a dependência americana de cadeias globais concentradas em poucos países. O projeto prevê uma fundição integrada capaz de produzir 13 metais não ferrosos, dos quais 11 são classificados como “minerais críticos” pelo governo norte-americano.
A unidade deverá processar cerca de 1,1 milhão de toneladas de insumos por ano, com produção estimada em 540 mil toneladas de produtos acabados, incluindo zinco, chumbo, cobre, ouro, prata e minerais estratégicos como antimônio, índio, gálio e germânio. As operações comerciais estão previstas para começar de forma gradual a partir de 2029, após o início das obras em 2026.
A Korea Zinc também informou ter chegado a um acordo para adquirir as operações da Nyrstar nos EUA, que hoje abriga “a única fundição de zinco em operação no país”, permitindo a continuidade da infraestrutura existente e a manutenção de centenas de empregos especializados.
Para o governo americano, o projeto se insere na estratégia de “independência da cadeia de suprimentos” em setores ligados a defesa, semicondutores, inteligência artificial (IA) e veículos elétricos. Segundo autoridades, alguns minerais, como índio e gálio, são atualmente “100% dependentes de importação”, o que reforça o peso estratégico do investimento.

