Livro revisita Copas do Mundo do século 21 e revela ‘drible’ em Galvão no Jornal Nacional
“A vida em Copas” apresenta o mundo por meio de quatro edições do maior torneio de futebol do planeta. A obra do jornalista Elcio Padovez conta, da sua perspectiva, a história de quatro Copas e revela histórias coadjuvantes aos mundiais e bastidores curiosos.
As Copas referidas são as de Alemanha (2006), Brasil (2014), Rússia (2018) e Catar (2022). Isso porque, para tornar a obra “o mais verdadeira possível”, Padovez não dedicou um capítulo à Copa de 2010, na África do Sul, por não estar presente no país.
“Eu praticamente só trabalhei com esporte, uma coisa ou outra pontual de cultura, economia, mas o esporte sempre teve atrelado na minha carreira profissional, apesar de eu ter sido uma criança e um adolescente que não gostava de esportes, isso é muito curioso”, conta Padovez ao Estadão.
Padovez viveu a Copa de 2006 como intercambista na Alemanha. Já no Brasil, em 2014, ele era assessor de imprensa da Adidas, fornecedora esportiva da Fifa. Na Rússia, em 2018, o autor vivia um momento mais dedicado à pesquisa acadêmica e produzia sua dissertação sobre símbolos da cultura russa na construção do Mundial. Por fim, em 2022, o jornalista esteve no Catar, pela primeira vez como repórter no mega-evento.
Cada edição também tem alguns bastidores relatados. Um dos episódios envolve o pós-jogo de Brasil x Camarões em 2014, quando Galvão Bueno apresentou trecho do Jornal Nacional dedicado à Copa com a Brazuca, bola daquele Mundial.
Produzida pela Adidas, a bola foi levada a Galvão por Padovez, que assessorava a marca. No entanto, o autor “aqueceu” a história, dizendo que aquela se tratava da mesma bola que Fernandinho havia marcado na partida do dia.
“A bola efetivamente era uma das bolas de jogo, ela estava dentro do campo, isso é verdade, mas não era bola que o Fernandinho fez o quarto gol do Brasil. Isso realmente brotou da minha cabeça, eu tive que dar um all-in ali”, diz o autor.
Padovez não elenca uma “posição preferida” após ter vivido Copas como estudante, acadêmico e jornalista, mas aponta algo em comum em todas as experiências. “O meu lado repórter sempre teve muito aguçado tanto quando eu era intercambista, ainda me descobrindo repórter, e quando eu era assessor. Eu nunca deixei de ser repórter. Sempre tive essa vivência que é a reportagem dentro da área da comunicação”.
A obra, da editora Letras do Brasil, está em pré-venda e tem prefácio de José Silvério. O locutor cobriu 11 Mundiais in loco. “A cada capítulo, o leitor também é convidado a passar por fases da minha vida pessoal e profissional, e de como ela foi evoluindo a cada edição da Copa, além de conhecer histórias inéditas de coberturas nos Mundiais da Alemanha, Brasil, Rússia e Catar”, diz Padovez.

