Lula cita 3 governadores, ignora Tarcísio e diz que ‘quanto mais candidatos da direita, melhor’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 12, em entrevista à BandNews TV, que, quanto mais candidatos de direita contra ele em 2026, “melhor”. Lula disse que, se decidir disputar a reeleição, vencerá, e que não tem preocupações.
“O povo vai comparar o mundo que em ele vivia e o (mundo) em que ele está vivendo. Se ele achar que o mundo está pior, paciência. É que eu não soube explicar”, afirmou na conversa com o jornalista Reinaldo Azevedo.
Lula citou, nominalmente, os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), presidenciáveis. No entanto, não mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é tido como favorito entre empresários e o mercado financeiro.
Nesse sentido, o presidente criticou a postura desse setor econômico em relação à sua forma de governar. O presidente afirmou que nunca quis fazer comício com empresários e que, embora respeite quem produz no País, dá preferência aos trabalhadores mais pobres.
“Empresários acham que eu não posso fazer política de inclusão social”, afirmou. “Os R$ 300 bilhões que eu gasto com inclusão social, empresários queriam que estivessem com eles”, afirmou Lula na entrevista.
Enquanto Lula tem afirmado que disputará a reeleição se estiver com saúde em 2026, os governadores de direita se movimentam para lançar seus nomes. Ronaldo Caiado, por exemplo, já fez um lançamento de pré-candidatura em abril. Já Romeu Zema fará o anúncio da dele no próximo sábado, em São Paulo. No PSD, Ratinho Júnior disputa a indicação com Eduardo Leite. Contudo, o presidente do partido, Gilberto Kassab, já indicou a preferência pelo paranaense.
Os dois governadores pelo PSD, porém, dependem também do movimento de Tarcísio de Freitas, a quem Kassab já indicou ter intenção de apoiar caso dispute a Presidência. Até aqui, Tarcísio tem dito que pretende disputar a reeleição ao governo de São Paulo. Contudo, tem sido sempre pressionado a concorrer à Presidência da República.