MRV&CO: lucro ajustado e consolidado vai a R$ 111,1 mi no 3tri25, 6,5 vezes mais que 3tri24
A MRV&CO, conglomerado que reúne MRV, Resia, Urba e Luggo, fechou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado e consolidado de R$ 111,1 milhões, 6,5 vezes mais que o lucro de R$ 17,3 milhões no mesmo período de 2024.
A melhora no balanço do grupo foi puxada pela MRV, principal divisão de negócios, que mostrou avanço no faturamento, margem e resultado líquido, embalada pelo momento favorável dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A MRV teve lucro líquido ajustado de R$ 204 milhões, alta de 168% na mesma base de comparação anual. O resultado líquido sem ajustes da MRV foi um lucro de R$ 175,1 milhões, o que representa uma melhora de 236% na mesma base de comparação.
O critério ‘ajustado’ exclui itens considerados não recorrentes e/ou sem efeito no caixa, como a recompra da ações da companhia mediante instrumento financeiro derivativo (equity swap) e despesas financeiras com cessão de carteira de crédito, entre outros itens.
A Resia, subsidiária que atua nos Estados Unidos na construção e locação de prédios residenciais, teve prejuízo de US$ 19,3 milhões (R$ 105 milhões, o dobro na comparação anual)
Entre os demais negócios, a loteadora Urba contribuiu com lucro líquido de R$ 19 milhões, enquanto a Luggo, de locação residencial, teve prejuízo de R$ 6,8 milhões.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 2,876 bilhões no terceiro trimestre, subida de 17,9% na comparação anual, impulsionada pela MRV, cuja receita foi de R$ 2,648 bilhões, alta de 14,6%.
A margem bruta consolidada atingiu 29,6%, elevação de 3,2 pontos porcentuais. A margem bruta da MRV foi a 30,7%, aumento de 4,1 pontos porcentuais.
As despesas operacionais consolidadas somaram R$ 478,6 milhões, avanço de 4,6% ante o mesmo período do passado.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) consolidado ficou negativo em R$ 214,2 milhões, montante 33,7% maior do que um ano antes, por conta da dívida e dos juros altos.
A dívida líquida da operação no Brasil (MRV, Urba e Luggo), foi a R$ 2,49 bilhões, 5,5% menor na comparação anual. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) foi a 41,9%, corte de 4,1 pontos porcentuais. Já a dívida da Resia foi a US$ 691 milhões, 9,6% maior em um ano.

