Não podemos nos deter diante de qualquer ameaça, diz Haddad a 4 dias do tarifaço

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o Brasil não pode se deter “diante de qualquer tipo de ameaça, interna ou externa”. Embora sem menção explícita, a declaração foi vista como referência ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, previsto para vigorar a partir desta sexta-feira, 1º de agosto, daqui a quatro dias.

“Não podemos nos deter diante de qualquer tipo de ameaça, interna ou externa. Nós temos que trabalhar juntos, construir juntos as saídas necessárias para o Brasil continuar crescendo”, disse. Em seguida, ele afirmou que o País “pode e vai crescer a uma média de 3% ao ano”.

“Nós já fizemos o próprio FMI reconsiderar o nosso PIB potencial, que quando nós assumimos era estimado em 1,5% de crescimento ao ano. O próprio FMI já reconhece que o nosso PIB potencial é de 2,5% e nós achamos pouco para o potencial da economia brasileira”.

Acredita Exportação

As declarações do ministro foram dadas durante cerimônia de sanção do projeto de lei que cria o programa “Acredita Exportação”, focado na atuação das micro e pequenas empresas no mercado internacional.

O programa antecipa os benefícios da reforma tributária sobre o consumo, com a eliminação da cumulatividade que hoje encarece as exportações brasileiras.

A medida prevê a restituição de um porcentual de 3% sobre as receitas de vendas ao exterior realizadas por micro e pequenas empresas – valor que corresponde a uma estimativa do resíduo tributário acumulado ao longo da cadeia. A devolução poderá ser feita por meio de compensação com outros tributos devidos pela empresa ou por ressarcimento direto.

“Aqui é uma demonstração do vice-presidente Alckmin em relação às pequenas empresas. É uma medida que antecipa em um ano e meio algo que vai entrar em vigor em 2027 para todo o Brasil. Investimentos e exportações 100% desoneradas de tributos, para o Brasil continuar crescendo”, elogiou Haddad.

“Vocês imaginem o efeito da antecipação dessas medidas para agora que podem ser acompanhadas, inclusive, pelos governadores para favorecer as pequenas empresas e para favorecer o grande exportador que não via reconhecido o seu crédito tributário no que diz respeito a serviços”, completou o ministro.

Ele também indicou que, junto com a medida sancionada hoje, há outras ações no pipeline, com a antecipação da reforma tributária para outros setores da economia, “para que nós já possamos colher os frutos dessa grande reforma”.

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Estadão

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