Ouro avança com dólar em baixa e indicadores fracos nos EUA

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O preço do ouro subiu mais de 1% nesta quinta-feira, 15, impulsionado pela fraqueza do dólar e por dados econômicos fracos nos Estados Unidos, enquanto a ausência do presidente russo, Vladimir Putin, em negociações de paz estimulou uma demanda por segurança.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho avançou 1,20% e fechou a US$ 3.226,6 por onça-troy.

Durante o pregão, o ouro chegou a tocar a mínima intradiária de US$ 3.123,30, ampliando as perdas da véspera. No entanto, reverteu o movimento e fechou em alta após a divulgação de dados que mostraram desaceleração da inflação no atacado e vendas do varejo abaixo do esperado nos EUA, em meio a impacto das tarifas comerciais, segundo Christian Valência, da FXStreet.

Rahul Kalantri, vice-presidente de commodities da Mehta Equities, destacou que o ouro sofreu forte realização de lucros na quarta-feira, atingindo a mínima de cinco semanas. Ainda assim, ele aponta que a fraqueza do dólar e as incertezas sobre acordos comerciais e a questão nuclear envolvendo o Irã podem continuar dando sustentação ao ouro no médio e longo prazo.

Também no radar dos investidores está a reunião entre Rússia e Ucrânia, que acontecerá nesta quinta-feira, na Turquia. O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a proposta do presidente ucraniano, Volodymir Zelenski, para um encontro presencial, o que acentuou o clima de aversão ao risco, segundo especialistas. Apesar de não comparecer, o assessor de Putin afirmou que as autoridades buscam “construir uma paz duradoura”.

Do ponto de vista técnico, Valência aponta que o ouro enfrenta resistência para manter um fechamento diário acima de US$ 3.200. Para sustentar o movimento de recuperação, seria necessário ultrapassar os US$ 3.257, o que abriria caminho para testar os US$ 3.300 e reduzir as perdas acumuladas na semana.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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Estadão

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