Ouro fecha em alta, após desvalorização recente por acordos comerciais, e aguarda Fed

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O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 29, recuperando uma pequena parte das perdas que o metal sofreu ao longo da última semana. O principal tema para o mercado são os acordos comerciais firmados entre os Estados Unidos e parceiros, que incluíram Japão e União Europeia (UE) nos últimos dias. Agora, a semana contará com outros elementos relevantes, como a decisão de juros pelo Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira, 30.

O ouro com vencimento em outubro encerrou em alta de 0,43%, a US$ 3.353,20 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex).

“A reação dos preços demonstra que havia receios no mercado de que as negociações entre a UE e os EUA pudessem fracassar. Esse risco está sendo precificado. Ao mesmo tempo, a incerteza em torno das tarifas permanece elevada”, avalia o Commerzbank. Em particular, seu impacto na economia e na inflação dos EUA provavelmente se tornará cada vez mais evidente nos próximos meses, pontua o banco.

“Nesse contexto, o suporte ao preço do ouro pode vir na forma de cortes nas taxas de juros pelo Fed. Em relação ao momentos das reduções, a reunião na quarta-feira pode fornecer novas pistas. Se os banqueiros centrais sinalizarem um corte iminente nas taxas – apesar dos riscos de inflação em curso – o preço do ouro provavelmente se beneficiará”, projeta.

Apesar das constantes ameaças do presidente americano, Donald Trump, ao presidente do Fed, Jerome Powell, para que corte as taxas de juros, o BC dos EUA deve silenciar as críticas do republicano, manter a cautela e segurar as taxas de juros no atual nível, entre 4,25% e 4,5%. O consenso entre analistas consultados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, é de que dirigentes do Fed ainda devem mencionar as incertezas com as tarifas do governo. O mercado, porém, vê risco de divergência interna no comitê, após ao menos dois integrantes terem acenado para uma defesa por corte já nesta reunião.

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Estadão

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