Planejamento deve aprovar no 2º semestre agenda robusta de revisão tributária, diz secretário
O secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento, João Villaverde, destacou nesta terça-feira, 5, que a pasta tem uma grande expectativa para aprovar no segundo semestre deste ano uma série de medidas de “revisão tributária”.
“Temos para o segundo semestre de 2025, uma agenda muito robusta de revisão de ordem tributária da economia brasileira. Estamos muito confiantes que isso será aprovado até o final do ano, no mais tardar no começo de 2026”, afirmou Villaverde durante participação em evento da S&P Global Market Intelligence em São Paulo.
Segundo ele, a relação entre o Executivo e o Congresso é “muito boa” apesar de alguns “ruídos” que chegam à maior parte da população. “O governo Lula é um governo do diálogo”, disse ele, destacando que o governo conseguiu aprovação importantes, como a reforma tributária.
Ao falar sobre o cenário econômico, Villaverde mencionou que quaisquer especulações para os próximos dois anos devem levar em consideração uma “variável inesperada”, como foi o episódio da elevação de tarifas dos Estados Unidos a produtos brasileiros. “Até a tarde do dia 9 de julho, ninguém imaginava que o Brasil sofreria a taxação de tarifas por parte de um dos principais mercados exportadores brasileiros. Então, é sempre bom reminder que as coisas mudam”, destacou.
Ao comentar sobre inflação e política monetária, Villaverde citou que a meta de inflação, de 3%, foi um alvo bastante ousado definido pelo atual governo. “Historicamente, a inflação de 5%, que é o nível atual, estaria dentro da meta”, frisou ele.
O secretário ainda mencionou que a agenda de consolidação fiscal que o governo apresenta não necessariamente é a que é aprovada, uma vez que o Congresso costumeiramente faz alterações.
Ele mencionou, por exemplo, que o próprio arcabouço fiscal em vigor é exatamente igual ao que foi originalmente proposto. Villaverde reforçou, porém, que essa agenda de consolidação fiscal “permanece viva” e deve ocorrer sempre com diálogo junto ao Congresso.