Ponte renova com Marcelo Fernandes para 2026 e garante continuidade em ano de calendário cheio

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A Ponte Preta oficializou nesta quinta-feira a renovação de contrato do técnico Marcelo Fernandes por mais uma temporada. Depois de conduzir o clube ao título inédito da Série C e ao retorno à Série B, o treinador permanece no comando para disputar o Paulistão, a Copa do Brasil e o Brasileiro de 2026 – um ano em que a Macaca volta a ter calendário completo após seguidos períodos de instabilidade.

Além do treinador, ficou definida também a permanência do auxiliar-técnico Marcelo Copertino e do preparador físico Marquinhos, que fazem parte do staff pessoal do treinador.

A permanência de Marcelo era tratada como prioridade interna desde o fim da competição. Com contrato apenas até dezembro, o treinador voltou a Campinas para discutir seu futuro com o presidente Marco Antônio Eberlin. As conversas avançaram nos últimos dias e envolveram adequações financeiras, além de alinhamento com o contexto político do clube, que vive a reta final do prazo para inscrição de chapas eleitorais.

Marcelo encerrou a temporada com números expressivos: 11 jogos, oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Foi responsável pela virada técnica da equipe, reconquistou a confiança do torcedor e colocou seu nome na história recente da Ponte ao vencer também os dois dérbis contra o Guarani na Série C.

Mesmo com sondagens de equipes da Série B durante a campanha, o treinador adotou postura discreta e priorizou ouvir a Ponte antes de qualquer movimentação no mercado. A diretoria, por sua vez, acelerou o processo de renovação para não perder o comandante justamente no momento em que inicia o planejamento para 2026. Com a coordenação do departamento de futebol sob João Brigatti, o clube terá pouco tempo para desenhar o elenco da próxima temporada – a estreia no Paulistão está marcada para janeiro.

A continuidade também representa um capítulo importante na trajetória de Marcelo. Aos 54 anos, ele vive seu primeiro grande momento autoral fora do ambiente do Santos, onde construiu a maior parte da carreira. A passagem rápida e irregular pelo Guarani, entre abril e julho de 2025, parecia afastar o treinador dos holofotes até que a oportunidade na Ponte recolocou sua trajetória nos trilhos.

Ao lado do auxiliar técnico Marcelo Copertino, Marcelo devolveu competitividade, equilíbrio e identidade à Macaca. O recomeço em Campinas ganhou peso histórico: o comandante, que já havia conquistado o título paulista pelo Santos, agora carrega também o feito de reconduzir a Ponte Preta à Série B com protagonismo e regularidade.

Com a renovação sacramentada, o clube espera manter a estabilidade no cargo técnico, algo raro nos últimos anos. A aposta é clara: dar sequência ao trabalho que levou a Ponte ao título, aproveitar o calendário cheio e tentar transformar 2026 em um ano de consolidação – dentro e fora de campo.

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Estadão

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