PSOL entra na briga para filiar Marina Silva e lançar candidatura ao Senado por SP

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O PSOL entrou na briga para filiar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, à sigla. Com Marina prestes a deixar a Rede Sustentabilidade devido a um racha com a deputada federal Heloísa Helena (RJ), o partido a quer nos quadros para que ela dispute o Senado por São Paulo. Porém, o nome da ministra também é disputado pelo PT e pelo PSB.

Marina já esteve filiada aos dois partidos. Pelo PT, foi senadora pelo Acre e ministra do Meio Ambiente durante o primeiro e segundo mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Já nos quadros pessebistas, ela ficou em terceiro lugar na disputa pela Presidência em 2014, quando ainda tentava registrar a Rede Sustentabilidade ao lado da então aliada Heloísa Helena.

No PSOL, um dos articuladores da aproximação é o ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos, recém-chegado na Esplanada após se tornar ministro da Secretaria-Geral da Presidência, em outubro. O ex-presidente do PSOL Juliano Medeiros também foi escalado para tentar convencer Marina a entrar no partido.

A possível ida da ministra ao PSOL faz parte de uma estratégia traçada pelo partido para elevar a relevância nacional. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a sigla quer lançar nomes conhecidos na disputa ao Senado, como a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (RS) e a deputada federal Luizianne Lins (CE).

Na corrida pela Câmara por Pernambuco, a sigla deve lançar o comunicador Jones Manoel, que possui 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais.

Porém, a oito meses do início da campanha eleitoral, a indefinição sobre a disputa pelo Senado em São Paulo trava a movimentação partidária da chefe do Meio Ambiente. Com o desejo de voltar ao Senado após 16 anos, Marina aguarda pela definição da base do governo Lula para os nomes dos dois candidatos do campo progressista na campanha em São Paulo.

Além dela, são cotados para disputar uma cadeira de senador o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).

Há também a possibilidade de a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), mudar o domicílio eleitoral, que atualmente está no Mato Grosso do Sul, para concorrer ao Senado por São Paulo.

Levantamento do instituto Real Time Big Data, divulgado no dia 2 de dezembro, mostra que em um cenário em que Marina disputa ao lado de Haddad contra o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), e o deputado federal Ricardo Salles (Novo), a ministra do Meio Ambiente está em terceiro lugar, mas empata pela margem de erro com Derrite à frente e com Mello Araújo e Salles, que vêm logo atrás.

Segundo a pesquisa, Haddad tem 19%, empatado com Derrite, que surge com 18%. Marina possui 12%, enquanto Mello Araújo e Salles aparecem com 11%, cada.

O instituto ouviu 1.500 pessoas entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiabilidade é de 95%.

Em abril deste ano, Marina foi derrotada na eleição interna da Rede para o grupo de Heloísa Helena, quando Paulo Lamac foi eleito o novo porta-voz da legenda. A ala de Marina tentou judicializar o processo eleitoral, mas uma liminar foi derrubada poucas horas antes do pleito.

Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, com a chegada de Heloísa Helena na Câmara, onde atuará como suplente durante a suspensão do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que está suspenso até junho, a saída de Marina na Rede Sustentabilidade é iminente.

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Estadão

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