Ramón no Corinthians: argentino é o mais longevo desde Vitor Pereira e 1º campeão após Carille

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Demitido nesta quinta-feira, o treinador Ramón Díaz encerrou o trabalho como o treinador mais longevo do Corinthians desde a passagem de Vitor Pereira, em 2022. Anunciado em junho de 2024, ele também é o primeiro campeão desde o triunfo do elenco de Fábio Carille, em 2019. Ele deixa o clube 21 dias após o título do Paulistão contra o rival Palmeiras e no dia seguinte à derrota para o Fluminense por 2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro.

O argentino comandou o time de Parque São Jorge em 60 partidas, são três a menos que o português. Com essa estatística, ele supera por muito seus antecessores António Oliveira (28), Mano Menezes (20), Vanderlei Luxemburgo (38), Cuca (2) e Fernando Lázaro (17). Além dos interinos Raphael Laruccia, Thiago Kosloski e o ex-meia Danilo, que serviram como técnicos transitórios em curto período.

Ao lado de seu filho Emiliano, Ramón foi fundamental na recuperação do Corinthians no Campeonato Brasileiro de 2024, assumindo a equipe na zona de rebaixamento e levando até a Pré-Libertadores. Ele conseguiu uma incrível sequência de nove vitórias consecutivas, igualando o recorde dos pontos corridos.

O principal trunfo do profissional foi ter encaixado taticamente o trio Rodrigo Garro, Memphis Depay e Yuri Alberto. O centroavante, que vivia um momento ruim, deslanchou nas mãos do técnico e terminou a temporada como artilheiro máximo do Brasil, com 31 gols.

No quesito título, o estrangeiro deu fim a um jejum incômodo que já durava seis anos. Mesmo com os prognósticos contrários, o Corinthians sagrou-se campeão do Paulistão frente ao rival Palmeiras. Vencendo inclusive o duelo do Allianz Parque na final. O último troféu havia sido levantado por Fábio Carille, em 2019, diante do São Paulo, também no Estadual.

No entanto, a queda do treinador começou a ser pavimentada com o desempenho fraco nas fases preliminares da Libertadores. Após uma preocupante eliminatória contra o fraco Universidad Central, da Venezuela, os paulistas caíram diante do Barcelona de Guayaquil, do Equador.

Na partida de ida, que culminou em uma derrota por 3 a 0 fora de casa, o comandante sofreu duras críticas por causa da escalação. Com essa mancha e o início ruim de Campeonato Brasileiro, mesmo vencendo o Paulistão no meio do caminho, o técnico não resistiu à pressão e foi demitido. No total foram 31 vitórias, 13 derrotas e 16 empates, dentro desses 60 duelos, cerca de 60.55% de aproveitamento.

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Estadão

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