Reag Investimentos vende 87,38% do capital a executivos e anuncia renúncias em sua diretoria

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A Reag Investimentos comunicou no domingo, 8, mudanças em sua estrutura societária e de governança, em meio às turbulências que cercam a companhia. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou que os acionistas controladores – Reag Asset Management Ltda. e Reag Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações – Classe Única – assinaram contrato de venda de 87,38% do capital social para a Arandu Partners Holding S/A, entidade controlada pelos principais executivos da própria Reag. O valor estimado da transação é de R$ 100 milhões, acrescido de uma parcela contingente atrelada à receita operacional líquida pelos próximos cinco anos.

De acordo com a nota da companhia, a conclusão do negócio depende do “cumprimento de condições precedentes e da realização de uma oferta pública de aquisição (OPA) em favor dos acionistas minoritários, conforme o artigo 254-A da Lei das S/A, as regras do Novo Mercado da B3 e o estatuto da empresa”.

O anúncio da mudança de controle veio acompanhado por uma onda de renúncias. Outro fato relevante protocolado na CVM registra que João Carlos Falbo Mansur deixou a presidência do conselho de administração, Altair Tadeu Rossato renunciou ao posto de conselheiro independente e ao comitê de auditoria, e Fabiana Franco deixou a diretoria financeira.

Pelos termos do estatuto social, os substitutos deverão ser nomeados pelos conselheiros remanescentes para completar os mandatos.

“A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre os desdobramentos da Operação, em estrita observância à legislação e regulamentação aplicáveis”, diz o comunicado assinado pelo diretor-presidente e de relações com investidores, Dario Graziato Tanure.

Os movimentos se somam a episódios recentes que pressionaram a credibilidade da Reag, como a renúncia em bloco do conselho consultivo e a negação de negociações com a Galapagos Capital. A empresa também foi alvo da Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, e tem seu rating doméstico em observação negativa pela Fitch.

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Estadão

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