Santos repele técnicos e Corinthians se desgasta para substituir Ramón Díaz
Corinthians e Santos estão no mercado em busca de um treinador, mas concluir o objetivo não tem sido fácil. Alguns dos técnicos mais conhecidos do País rejeitaram o time da Vila Belmiro, que encontra dificuldade para encontrar um substituto para o português Pedro Caixinha, demitido há dez dias.
Luis Castro, Jorge Sampaoli, Tite e Dorival Júnior recusaram o clube. Os últimos dois nem sequer quiseram abrir conversas com os dirigentes santistas. O argentino chegou a negociar, mas avaliou que o elenco é carente de reforços e decidiu rejeitar a proposta para retornar à equipe após quase seis anos.
Outro argentino, Ramon Díaz, foi consultado. É o ex-treinador do Corinthians hoje um dos que conversam com os cartolas santistas. A reunião foi com Emiliano Díaz, filho e auxiliar do técnico. O clube quer saber as ideias táticas da dupla antes de avançar.
Houve também sondagens ao ítalo-brasileiro Thiago Motta e ao argentino Tata Martino. As buscas por um novo profissional são comandadas pelo CEO Pedro Martins, segundo o qual o Santos “precisa diferenciar o orgulho do passado do saudosismo”, que, disse ele, vai matar o clube.
No dia seguinte à demissão de Caixinha, o executivo disse ser difícil aceitar a cultura de resultados que tanto derruba técnicos e considerou o fracasso uma “construção coletiva”. Diante de tantas negativas, o presidente Marcelo Teixeira cogita efetivar o interino César Sampaio no cargo. O ex-jogador integra a comissão permanente.
CORINTHIANS FICA SEM TITE E VIVE ENTRAVE COM DORIVAL
Sem técnico há uma semana, desde que demitiu o alvo santista Ramón Díaz, o Corinthians vive situação menos dramática que o rival do litoral, mas a recusa de Tite e a negociação arrastada com Dorival Júnior tornaram o cenário mais desconfortável.
A diretoria corintiana esperava resolver o assunto antes da partida desta quinta-feira, contra o Racing-URU, pela Copa sul-americana. Tite chegou a avançar nas tratativas para voltar a treinar o time pelo qual foi bicampeão brasileiro e vencedor da Libertadores, mas uma crise de ansiedade o fez recuar e decidir continuar afastado dos gramados.
Sem concretizar o sonho de ter o gaúcho no comando, o clube voltou a procurar Dorival Júnior, com quem já havia conversado antes do sinal positivo dado por Tite. Gerente de futebol, Fabinho Soldado viajou a Florianópolis, onde mora Dorival, para negociar os termos do contrato, mas voltou para São Paulo sem um acordo.
A negociação ainda está em andamento, e não fluiu de maneira mais rápida porque o empresário do treinador, Edson Khodor, estava no exterior e só voltou ao Brasil nesta quarta-feira. Em reunião presencial com Fabinho Soldado em São Paulo, vai discutir os pormenores do contrato.
Assim como Tite, embora mais flexível, Dorival tem suas dúvidas sobre voltar a trabalhar neste momento. O motivo desta hesitação pode ser o desgaste que ele sofreu durante a passagem frustrante pela seleção brasileira.