São Paulo, Corinthians e Santos somam R$ 36,5 milhões de dívidas ao Cuiabá na CNRD

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O Cuiabá acionou o São Paulo na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) da CBF por uma dívida de R$ 1 milhão. O valor é referente ao empréstimo de Gustavo Santana, de 20 anos, ao time Sub-20 do clube paulista, que se junta a Corinthians e Santos entre os credores acionados pela gestão cuiabana.

Segundo o clube mato-grossense, uma cláusula no acordo indicava a obrigação do pagamento, caso Santana atuasse contra o Cuiabá durante o empréstimo. Isso aconteceu em 11 de julho, no empate por 1 a 1 entre as equipes pelo Brasileirão Sub-20.

Desde então, o Cuiabá cobra a multa, que não foi quitada pelo São Paulo. Isso levou o clube do Mato Grosso a entrar com ação na CNRD. O São Paulo tem opção de compra pelo jogador no valor de R$ 700 mil reais, por 70% dos direitos. O clube mato-grossense, porém, só aceita vendê-lo após o pagamento da multa de R$ 1 milhão. Santana tem nove gols em 33 jogos pela equipe de base são-paulina.

Em 2024, ano em que foi rebaixado para a Série B, o Cuiabá registrou o segundo maior superávit financeiro do futebol brasileiro com R$ 64,7 milhões, apenas atrás do Palmeiras (R$ 198,1 milhões). O rebaixamento, porém, representou uma baixa de cerca de 70% nas receitas.

Diante disso, o clube intensifica as cobranças e soma R$ 40 milhões em ações na CNRD. O Cuiabá é credor de três dos quatro grandes paulistas. Além do São Paulo, Corinthians e Santos têm débitos com o clube.

O Corinthians deve R$ 18,5 milhões pela contratação de Raniele. Já O Santos, R$ 16,3 milhões referentes ao negócio envolvendo o zagueiro Joaquim, que hoje está no Tigres, do México.

O Cuiabá ainda cobra R$ 4,6 milhões do Atlético-MG pela contratação de Deyverson (hoje no Fortaleza) e um repasse de R$ 700 mil do Grêmio, pela transferência do volante Pepê ao Vitória.

“Mesmo tendo muito dinheiro para receber, a gente teve de fazer algumas operações de crédito para equilibrar o dia a dia do clube. Vemos todos os dias que os clubes não param de contratar, devendo, e não pagam. É uma pena. Essa desregulagem financeira que existe no mercado do futebol brasileiro”, disse o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch.

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Estadão

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