São Paulo ouve explicações da CBF e ainda espera divulgação de áudio do VAR contra Palmeiras
O São Paulo mantém a expectativa de que os áudios do VAR do clássico com o Palmeiras, vencido pelo time alviverde por 3 a 2, sejam divulgados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O protocolo não prevê, mas o clube pressiona pela publicação. Na segunda-feira, houve uma reunião entre as duas partes.
O presidente da comissão, Rodrigo Cintra, e o gerente técnico do VAR, Péricles Bassols, deram explicações a Rui Costa, executivo do São Paulo, que representou o clube em uma reunião online.
A CBF só publica os áudios do VAR quando o juiz de campo vai à cabine. Se, durante a checagem, os árbitros de vídeo concordarem com a decisão do campo, o áudio não é divulgado. Isso também se aplica a lances factuais (aqueles que não são de interpretação, como faltas e toques na mão), como impedimentos, por exemplo.
O São Paulo reclama, principalmente, de dois lances: expulsão de Andreas Pereira, após falta sobre Marcos Antônio, e possível pênalti a ser assinalado no início do segundo tempo, em lance envolvendo Allan e Tapia.
Ramon Abatti Abel não marcou nenhum e teve apoio do VAR, quando a equipe de vídeo analisou as jogadas. Após esses lances, o Palmeiras, que perdia por 2 a 0, conseguiu virar a partida para 3 a 2.
“Eu apoiei o presidente (da CBF) e apoio por sua juventude, é uma pessoa bem intencionada, mas existe um protocolo de não ceder os áudios quando o VAR não chamar o árbitro de campo para o monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo. Precisamos do áudio para imaginar o que aconteceu”, disse o presidente são-paulino, Júlio Casares, em comunicado divulgado nesta segunda-feira.
“Sem contar outros erros de outros clubes que tem acontecido. Vamos reconhecer com a demonstração desse áudio do VAR que a nossa arbitragem está chegando ao fundo do poço. E que mostrar esse áudio é o começo de uma mudança”, concluiu Casares, que sugeriu a implementação do desafio do VAR ainda neste ano.
A ferramenta é testada na Copa do Mundo Sub-20 e também foi aplicada na Copa Paulista, a partir das semifinais.