São Paulo planeja elenco mais jovem em 2026 para reduzir lesões e reconhece ‘descuido’ no DM

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

As lesões foram adversárias do São Paulo na temporada. O elenco sentiu o calendário apertado e pesou no departamento médico, que agora terá reforço com parcerias para inovação na recuperação dos atletas. Conforme o Estadão apurou, as novidades vêm após um diagnóstico de que o clube não tinha o mesmo viés inovador que já representou na área.

Isso está no planejamento para 2026. Há, ainda, o entendimento de que o elenco precisa de um ‘rejuvenescimento’. Hoje, a média de idade do time profissional do São Paulo é de 28 anos.

Quando comparado aos principais rivais, os são-paulinos são “mais velhos”. O elenco do Palmeiras tem média de 26,4 anos, mesmo número que o Corinthians. O Flamengo tem o dado ligeiramente maior que o São Paulo, com 28,2 anos.

O protagonismo também fica com os mais experientes no grupo tricolor. O goleiro Rafael tem 36 anos, atrás apenas de Luiz Gustavo, mais velho do plantel, com 38.

A média são-paulina coincide com a idade de André Silva, vice-artilheiro do time no ano (14 gols). Na frente dele, está Luciano (15), que tem 32 anos. Ferreirinha, terceiro na lista (8), tem 27 anos, enquanto Lucas Moura (5) tem 33.

Com exceção do camisa 10, todos ficaram fora de algum período da temporada por lesão. É a situação atual do principal reforço do ano, Oscar, que tem 34 anos. Ele não joga desde julho após fraturas na coluna e, na sequência, uma lesão muscular.

Na próxima temporada, os campeonatos estaduais terão início em 11 de janeiro, com o Brasileirão começando apenas 17 dias depois. A Copa do Brasil estreia em 18 de fevereiro, mesma data que marca o início dos compromissos internacionais, caso o São Paulo vá para a Libertadores nas primeiras fases.

A primeira janela de transferências vai de 5 de janeiro a 3 de março. É esperada uma atuação do São Paulo já visando reforços mais jovens neste período. Além do filtro de idade no mercado, o clube quer contar mais com garotos formados nas categorias de base.

Ainda que passe pela diretoria de futebol e questões orçamentárias, o planejamento para o plantel em 2026 também conta com auxílio da Divisão de Excelência Médica.

Um dos trabalhos apontados pelo setor é o diagnóstico de que houve um “descuido” no sentido de busca por inovação em saúde no clube. Em 2004, o São Paulo criou o Reffis, Núcleo de Reabilitação Esportiva, Fisioterápica e Fisiológica que virou referência no País e chegou a ser renovado a partir de 2022.

Apesar disso, certa “defasagem” é reconhecida. Para lidar com a quesdtão, o São Paulo terá novas parcerias de inovação em saúde para o próximo ano. As novidades serão anunciadas em um evento no Salão Nobre do MorumBis nesta quinta-feira. A primeira frente será o Ambulatório de Medicina Regenerativa e Reparativa no CT da Barra Funda.

O grupo que empatou com o Flamengo nesta quarta-feira tinha nove desfalques lesionados: Calleri (transição física após cirurgia no joelho esquerdo), Ryan (cirurgia no joelho esquerdo), André Silva (lesão no joelho direito), Luan (lesão no adutor direito), Oscar (lesão muscular na panturrilha esquerda), Leandro (dores no joelho esquerdo), Dinenno (artroscopia no joelho direito), Wendell (ruptura parcial da fáscia plantar do pé esquerdo) e Rodriguinho (dores no joelho direito).

Ainda com objetivo de classificar para a Libertadores, no G-7 (com potencial de G-8) do Brasileirão, o São Paulo volta a campo neste sábado, às 21h (de Brasília), contra o Red Bull Bragantino, na Vila Belmiro, em Santos.

PUBLICIDADE
Estadão

Todas as notícias de Londrina, do Paraná, do Brasil e do mundo.